Durante o governo de Jair Bolsonaro, Lourena Cid ganhou destaque por ter sido colega do ex-presidente na Academia Militar das Agulhas Negras. Ele fazia parte do Alto-Comando, ao lado de outros militares influentes, como os generais Eduardo Villas Bôas, Edson Leal Pujol e Fernando Azevedo e Silva, bem como Hamilton Mourão e Braga Netto. Lourena Cid também conseguiu emplacar seu filho, Mauro César Cid, como ajudante de ordens do presidente recém-eleito.
Em nota, o Exército afirmou que não compactua com qualquer desvio de conduta por parte de seus membros. A descoberta do suposto envolvimento de Lourena Cid no caso das joias e relógios presenteados a Bolsonaro causou grande desconforto na cúpula militar. Embora os oficiais tenham sido informados pela Polícia Federal sobre a busca e apreensão na casa de um dos integrantes, eles ficaram chocados com as acusações contra Lourena Cid.
Com a operação de ontem, já são oito os aliados próximos de Bolsonaro que estão sendo investigados pela Justiça e pela Polícia Federal, suspeitos de crimes relacionados ao ex-presidente. Além de Lourena Cid, Frederick Wassef e Osmar Crivelatti também se tornaram alvos da investigação. Carla Zambelli, Anderson Torres, Mauro Cesar Barbosa Cid, Silvinei Vasques e Ailton Gonçalves Barros são outros aliados de Bolsonaro que estão sendo investigados. Três desses oito já estão presos.
Esses recentes eventos têm provocado uma grande turbulência no meio militar, com a reputação do Exército sendo questionada devido à conduta de seus ex-integrantes. O envolvimento de Lourena Cid, um antigo membro de destaque, no caso das joias e relógios presenteados a Bolsonaro é um golpe significativo para a instituição. Resta aguardar o desenrolar das investigações para entender as consequências desse escândalo no cenário político brasileiro.
Fonte: O Estado de S. Paulo.