A vacina é a medida mais eficiente contra a nova variante da COVID-19, afirma o Ministério.

A nova cepa do vírus da covid-19, chamada de Éris a EG.5, tem preocupado autoridades de saúde em todo o mundo. Registrada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 51 países, essa subvariante da Ômicron ainda não foi detectada oficialmente no Brasil. No entanto, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que não há necessidade de recomendar o uso de máscaras para toda a população neste momento.

Segundo Ethel Maciel, as vacinas disponíveis atualmente mostram proteção contra a variante EG.5 e não há evidências de que ela possa tornar a doença mais grave. Portanto, as recomendações continuam as mesmas: a vacinação é a melhor medida de combate ao vírus, com destaque para a atualização das doses de reforço para os grupos de risco, como idosos e crianças. Além disso, a secretária ressaltou a importância do uso de máscaras em ambientes fechados e aglomerados, especialmente para pessoas com sintomas gripais.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu um alerta enfatizando que, mesmo que a variante EG.5 ainda não tenha sido identificada no país, é possível que ela esteja circulando de forma silenciosa devido ao baixo número de testes e análises genômicas realizadas no Brasil. Diante disso, o infectologista Carlos Magno Fortaleza reforçou a importância da vigilância epidemiológica, especialmente no que diz respeito às internações e mortes relacionadas à doença.

Embora o número de testes realizados no Brasil seja baixo, a infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp, apontou que já há evidências de circulação da subvariante EG.5 no país. Ela destacou que essa variante tem sido associada ao aumento de infecções na Europa e nos Estados Unidos, mas não resultou em um aumento significativo no número de óbitos devido às medidas de prevenção e ao acesso a medicamentos que evitam a evolução desfavorável da doença. Stucchi ressaltou a importância do uso de máscaras, especialmente para gestantes, idosos e outros grupos de risco.

Apesar da possibilidade de um aumento no número de casos e internações, não se espera um grande impacto nos serviços de saúde como um todo. O cenário atual é de atenção e vigilância constante, tanto por parte das autoridades de saúde quanto da população, para evitar a propagação e o agravamento da doença. Ainda que não haja a necessidade de uso de máscaras para toda a população no momento, é importante seguir as orientações de prevenção e controle da covid-19, como a vacinação e o isolamento de pacientes infectados.

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