A ASHBRA é presidida pela haitiana Laurette Bernadin Louis, que também é fisioterapeuta e reside em Curitiba. A organização argumenta que as vítimas da explosão, incluindo oito haitianos que eram trabalhadores avulsos contratados pela C.Vale, sofreram danos morais e que a cooperativa é responsável por estes danos.
A Polícia Civil ainda está investigando as causas da explosão, que atingiu quatro silos. Enquanto isso, a ASHBRA argumenta que a extensa repercussão social desta tragédia exige que a C.Vale pague uma indenização por danos morais coletivos. A associação também cobra que a cooperativa implemente medidas de segurança para os trabalhadores, tendo em vista a falta de segurança evidenciada pelo ocorrido em Palotina.
A C.Vale informou que ainda não foi notificada sobre a ação judicial, mas que possui compromisso com o cumprimento das normas e legislação trabalhista. A empresa afirmou estar cooperando com as investigações em curso e oferecendo apoio às famílias das vítimas, incluindo serviços de assistência social, psicológica, médica e financeira.
Caso a Justiça do Trabalho determine o pagamento da indenização, o valor será revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) ou a outro fundo social de caráter coletivo.
A ASHBRA é uma organização que trabalha em prol dos imigrantes haitianos e, desde 2014, vem realizando atividades em diversos campos, incluindo ações voltadas para o mercado de trabalho. A associação busca garantir os direitos dos haitianos e melhorar as condições de vida dessas pessoas no Brasil.
É importante ressaltar que as investigações sobre a explosão em Palotina ainda estão em andamento, e os resultados serão fundamentais para determinar as responsabilidades. A Justiça do Trabalho deverá analisar os argumentos apresentados pela ASHBRA e pela C.Vale antes de tomar qualquer decisão em relação à indenização solicitada.