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A CPMI adia votação de quebras de sigilo após impasse.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) responsável por investigar os ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro decidiu cancelar a reunião agendada para a tarde desta terça-feira (22). A votação dos requerimentos de quebras de sigilo relacionados às investigações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro foi adiada devido à falta de consenso entre governo e oposição.

Diversos requerimentos apresentados na CPMI aguardam votação, incluindo convocações de Jair e Michele Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, deputada Carla Zambelli (PL-SP), ministro da Justiça Flávio Dino, além de alguns generais, o advogado Frederico Wasseff e Valdemar da Costa Neto. Também aguardam votação centenas de pedidos de quebras de sigilos fiscais, telefônicos e telemáticos, entre outros.

Durante uma coletiva de imprensa, o presidente da comissão, deputado federal Arthur Maia (União-BA), informou que os parlamentares não conseguiram chegar a um consenso sobre quais requerimentos deveriam ser votados. No entanto, o depoimento de Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que fazia parte da equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Bolsonaro, está mantido para quinta-feira (24) às 9h.

Arthur Maia também declarou que os trabalhos da comissão continuarão na próxima terça-feira (29), com o depoimento de um coronel da Polícia Militar. Já na quinta-feira (31), será a vez do depoimento do general G. Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do atual governo. Além disso, na semana que vem acontecerá uma reunião deliberativa para a votação dos requerimentos.

O presidente ressaltou que é necessário trabalhar para que o debate e a investigação da CPMI não sejam focados apenas em um único lado. Ele destacou que há narrativas antagônicas na comissão no momento e que é seu papel buscar o equilíbrio e a imparcialidade.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) manifestou sua insatisfação com a falta de acordo entre os parlamentares, afirmando que houve desrespeito e até mesmo atos de misoginia durante a discussão. Ela pediu mais decoro aos colegas e ressaltou a importância de manter a compostura no ambiente parlamentar.

O senador Marcos Rogério (PL-RO) também se pronunciou através das redes sociais, afirmando que inicialmente foram negadas informações sobre os requerimentos a serem votados e que posteriormente tentaram aprovar apenas os requerimentos da base governista. Ele destacou que a luta continua e que é necessário descobrir o que ocorreu no dia 8 de janeiro.

A reunião para a votação dos requerimentos pendentes foi remarcada para a próxima quinta-feira, antes do depoimento do general G. Dias. As disputas e impasses entre governo e oposição continuam marcando os trabalhos da CPMI, que busca esclarecer os ataques golpistas ocorridos no início deste ano.

É importante ressaltar que as informações foram obtidas através da Agência Senado, conforme reproduzido pela Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado).

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