De acordo com o estudo, os incêndios atingiram uma área de 44.998 quilômetros quadrados, um valor bem superior às estimativas anteriores, que variavam entre 14.307 e 36.017 quilômetros quadrados. A precisão das informações foi possível graças ao uso de imagens de satélite da missão Sentinel-2, que permitiram uma análise mais detalhada das áreas queimadas.
A pesquisa ressalta a importância de aprimorar os dados sobre os impactos do fogo em regiões sensíveis às mudanças climáticas, como o Pantanal, que é considerado a maior área úmida tropical do mundo. Essa preocupação se intensifica em 2023, devido à possibilidade do fenômeno El Niño deixar o bioma mais seco e propenso a incêndios.
Neste ano, até o dia 28 de agosto, foram registrados 394 focos de fogo no Pantanal, segundo dados do Inpe. Em comparação, no mesmo período de 2020, foram contabilizados 8.895 focos de queimadas, o maior número desde 1998 para o bioma.
Esses dados alarmantes evidenciam a urgência de medidas efetivas de combate e prevenção de incêndios no Pantanal. A proteção desse ecossistema é fundamental não apenas pela sua relevância ambiental, mas também pela preservação da biodiversidade e da cultura local.
Além disso, as queimadas no Pantanal têm consequências diretas para o clima e para a saúde humana. A fumaça proveniente dos incêndios pode afetar a qualidade do ar, causando problemas respiratórios em toda a região.
Diante desse cenário preocupante, é necessário o envolvimento de órgãos governamentais, pesquisadores, sociedade civil e comunidades locais para implementar políticas de preservação ambiental e prevenção de incêndios. A conscientização sobre a importância do Pantanal e ações efetivas são essenciais para evitar futuras catástrofes e garantir a sobrevivência desse bioma único e valioso para o Brasil e o planeta.