Os Deputados Tarcísio e Nunes têm planos para ampliar a utilização de policiais militares em período de folga no combate à violência no centro de São Paulo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o governador do estado, Tarcísio de Freitas, estão planejando aumentar o valor pago aos policiais militares que trabalham durante a folga. Essa medida tem o objetivo de alcançar a meta de preencher 2.400 vagas na Operação Delegada, programa em que a prefeitura paga os PMs pelos turnos trabalhados a mais.

Apesar de ainda não ter sido divulgado o novo valor, Nunes afirma que o reajuste está em estudo. Os projetos sobre o tema serão enviados pelos dois governos à Câmara Municipal e à Assembleia Legislativa até o final desta semana, de acordo com o prefeito.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (29), em um momento em que os bairros da Sé e de Campos Elíseos, no centro da cidade, registram um recorde de roubos de janeiro a julho. Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que a Operação Delegada está em destaque. Em março deste ano, a prefeitura já havia anunciado o aumento do número de vagas para policiais no programa.

No entanto, a prefeitura enfrenta dificuldades para preencher todas as vagas da Operação Delegada, já que a adesão dos policiais ao trabalho extra é voluntária. Segundo Nunes, apenas cerca de 1.500 vagas foram ocupadas das 2.400 ofertadas neste ano, ou seja, aproximadamente 37% não foram preenchidas. O aumento na remuneração tem como objetivo estimular a participação de mais PMs na folga.

O prefeito mencionou que a meta é alcançar aproximadamente 2.800 PMs trabalhando na operação. No entanto, a proposta de criar mais vagas só será implementada quando a taxa de ocupação das vagas atuais estiver próxima de 100%, de acordo com a prefeitura.

A cidade de São Paulo tem vivenciado um aumento da violência, sendo que o valor pago pela prefeitura no convênio com a Polícia Militar já é o maior dos últimos três anos. Em março, a gestão de Nunes anunciou um investimento de R$ 83,5 milhões para a Operação Delegada.

Durante um evento que discutia a revitalização do centro de São Paulo, Tarcísio levantou a possibilidade de contratar PMs da reserva para realizar trabalhos administrativos nos batalhões. Isso permitiria que o pessoal da ativa atuasse em operações nas ruas e reforçasse a Operação Delegada.

Diante das críticas sobre o recorde de roubos na Sé e em Campos Elíseos, Tarcísio ressaltou que discutir estatísticas criminais não resolve o problema da violência no centro da capital.

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