Recentemente, foi criada a Rapem (Rede de Apoio aos Pacientes com Esclerose Múltipla), uma associação formada por pessoas que vivem com a doença. A organização tem como objetivo compartilhar experiências e auxiliar pacientes e familiares que residem no ABC.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune incurável, mas que pode ser controlada com o tratamento adequado. Ela se caracteriza pela inflamação da bainha de mielina, membrana responsável por revestir os neurônios do sistema nervoso central. Ainda não foram descobertas as causas exatas da doença, mas existem alguns padrões identificados, como a maior incidência em mulheres, pessoas que vivem em locais com baixa exposição solar e predisposição genética.
O diagnóstico da esclerose múltipla pode ser complicado, uma vez que os sintomas podem ser discretos e confundidos com os de outras doenças, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Alguns dos sintomas mais comuns incluem formigamentos no corpo, perda de força muscular, perda súbita da visão, dificuldade para falar e andar, desequilíbrio e perda de coordenação.
Margarete de Jesus Carvalho, médica neurologista e coordenadora do Ambulatório de Distúrbios do Movimento da FMABC, enfatiza a importância do diagnóstico precoce, realizado nos estágios iniciais da doença. Ela destaca que o acompanhamento adequado ao paciente deve ser multidisciplinar, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, psiquiatria e, às vezes, outras especialidades, como urologia, otorrinolaringologia e ginecologia, dependendo das necessidades de cada paciente.
A data comemorativa tem como objetivo conscientizar a população sobre a esclerose múltipla, uma doença ainda pouco conhecida entre a sociedade em geral. Para muitos pacientes, o diagnóstico pode ser chocante, já que nunca ouviram falar da doença antes. Porém, é fundamental que saibam que há tratamento disponível e que é possível ter uma melhor qualidade de vida.
A médica Margarete de Jesus Carvalho ressalta a importância da data para que mais pessoas conheçam a esclerose múltipla e possam se informar sobre a doença. Ela destaca que a união de esforços, tanto da equipe médica quanto de outros profissionais de saúde, é essencial para proporcionar um melhor cuidado aos pacientes. Conclui afirmando que é importante que os pacientes tenham conhecimento sobre a doença e saibam que há tratamento disponível.
