De acordo com pesquisa Datafolha, 49% consideram a gestão de Ricardo Nunes regular, enquanto 23% aprovam e 24% reprovam.

A gestão do prefeito Ricardo Nunes, do MDB, à frente da Prefeitura de São Paulo, tem uma aprovação de 23% dos eleitores da cidade, de acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha. Por outro lado, 24% dos entrevistados afirmaram que reprovam a administração de Nunes. A maioria dos eleitores, cerca de 49%, considera o governo do prefeito como regular.

Os dados foram coletados através de entrevistas realizadas com 1.092 eleitores da capital paulista, com uma margem de erro de três pontos para mais ou para menos. Embora a aprovação de Nunes seja considerada baixa, não é muito diferente da média dos prefeitos da cidade desde o retorno das eleições diretas em 1985, após o fim do regime militar.

Com exceção do impopular Celso Pitta, que tinha apenas 7% de aprovação no mesmo período de seu mandato em 1999, e de seu padrinho político e antecessor, Paulo Maluf, que alcançou 46% de ótimo e bom em 1995, a satisfação dos paulistanos com seus prefeitos varia entre 20% e 30%.

A aprovação do prefeito está diretamente relacionada à sua intenção de voto para a eleição do próximo ano. Segundo a pesquisa do Datafolha, Nunes possui 24% das intenções de voto. Uma boa notícia para sua equipe de pré-campanha é que a avaliação positiva de sua gestão tem aumentado.

Em abril do ano passado, a aprovação era de 12%, subindo para 18% dois meses depois. Agora, após um ano e dois meses de governo, Nunes tem o dobro de avaliações positivas em comparação com a primeira pesquisa do Datafolha realizada durante seu mandato.

O prefeito assumiu o cargo em maio de 2021, após a morte de Bruno Covas, do PSDB, de quem era vice-prefeito. Sua ascensão ao poder foi resultado de um acordo entre o então governador João Doria, também do PSDB, e o MDB, com o objetivo de lançar Covas como candidato à Presidência em 2022, o que acabou não se concretizando.

Neste ano, cresceu a percepção no meio político de que Nunes não tinha uma imagem política sólida, levando a especulações sobre a possibilidade de enfrentar outros candidatos de centro-direita. Apesar do apoio nominal de aliados, havia dúvidas sobre sua viabilidade frente ao seu provável rival na esquerda, Guilherme Boulos, do PSOL.

Diante dessa situação, a estratégia de propaganda do governo foi alterada para destacar Nunes como um prefeito que realiza obras. Programas de asfaltamento, com alta visibilidade, passaram a ter prioridade. No entanto, a política para a cracolândia, região problemática no centro de São Paulo, continua sendo um desafio sem uma solução viável no horizonte.

Na política em si, Nunes se aproximou cautelosamente do bolsonarismo, um importante eleitorado, e conseguiu tirar da disputa o deputado federal Ricardo Salles, do PL. Por enquanto, isso tem mantido sua base de apoio coesa, pelo menos até o início da campanha eleitoral, onde ele pode enfrentar críticas e ataques de seus adversários.

É interessante notar que a avaliação regular de Nunes, que alcança 49%, é mais alta do que a média histórica de seus antecessores registrada pelo Datafolha. Essa avaliação só encontra um paralelo na gestão de Bruno Covas em 2020, quando ele estava em seu primeiro mandato depois de herdar o cargo de Doria, que havia vencido a eleição para governador em 2018.

Isso sugere que o prefeito tem uma imagem mais neutra. Os aliados otimistas de Nunes argumentam que Covas foi reeleito nas mesmas condições, enquanto os céticos ressaltam que, em pesquisas de avaliação de governantes, aqueles que consideram um político como regular tendem a ter uma visão mais negativa do que positiva dele, embora isso dependa da configuração da próxima eleição e dos concorrentes.

Em relação ao perfil dos eleitores, Nunes é mais aprovado por aqueles com menos instrução, que concluíram apenas o ensino fundamental, somando 21% da amostra populacional. Nesse grupo, ele alcança 36% de avaliações positivas. Já entre os eleitores com 60 anos ou mais, também representando 21% do eleitorado, sua aprovação chega a 32%. Por outro lado, a reprovação é maior entre aqueles com curso superior, representando 31% dos entrevistados, sendo rejeitado por 36% dessas pessoas. Entre os 5% que têm uma renda superior a 10 salários mínimos, 44% reprovam a gestão de Nunes.

Esses dados mostram um panorama atual da opinião dos eleitores da cidade de São Paulo em relação à gestão do prefeito Ricardo Nunes. No entanto, é importante ressaltar que a situação pode mudar ao longo do tempo, principalmente com o início da campanha eleitoral e a entrada de outros candidatos na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

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