Presidente Lula determina demissão como punição para casos de assédio sexual na administração pública federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que determina a demissão como punição para casos de assédio sexual na administração pública federal. Essa medida é aplicável a todos os segmentos do serviço público federal, desde que seja assinada pelo chefe do Executivo.

Anteriormente, os casos de assédio sexual eram enquadrados como violação aos deveres do servidor ou como violação às proibições aos agentes públicos. A prática não era especificamente tipificada como desvio funcional segundo a Lei nº 8.112/90, que define o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

O objetivo do governo federal com esse parecer é uniformizar a aplicação de punições e conferir segurança jurídica no tratamento disciplinar dado às práticas de assédio sexual por servidores públicos federais. De acordo com o parecer assinado por Lula, não é necessário que haja superioridade hierárquica entre o agressor e a vítima, mas o cargo ocupado pelo assediador deve ter um papel relevante na dinâmica da ofensa.

A AGU afirmou que os casos de assédio sexual na administração pública serão apurados por meio de processo administrativo disciplinar. A assinatura do parecer ocorreu no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, 4, e contou com a presença do advogado-geral da União, Jorge Messias, autor da proposta, e das ministras Cida Gonçalves (Mulheres) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviço Público).

Essa medida representa um avanço no combate ao assédio sexual no ambiente de trabalho, principalmente em instituições públicas. Ao estabelecer a demissão como punição para os culpados, o governo demonstra o compromisso em garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos os servidores públicos federais.

Espera-se que essa medida tenha um impacto significativo na redução dos casos de assédio sexual na administração pública e que sirva como exemplo para outras esferas do poder público e para o setor privado. É fundamental que todos os trabalhadores, independentemente de onde estejam empregados, tenham seus direitos assegurados e se sintam protegidos contra qualquer forma de assédio ou abuso.

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