A marcha tem como objetivo principal defender os direitos das mulheres indígenas e a preservação das culturas indígenas. Além disso, também marca a continuação da luta contra o garimpo ilegal, pela demarcação de terras e pela formação política de representação indígena nos espaços de poder.
O evento é promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e está concentrado no Eixo Cultural Ibero-Americano, na área central da capital federal. Ao longo dos três dias, estão previstas plenárias, grupos de trabalho e ações culturais.
No dia 13, as mulheres indígenas sairão em caminhada pela Esplanada dos Ministérios e terão diálogo com autoridades sobre a carta de reivindicações, que foi entregue na pré-marcha em janeiro deste ano.
A importância da presença das mulheres indígenas nas tomadas de decisão e na representação política é enfatizada pela Anmiga. Segundo a organização, as leis que não reconhecem a diversidade e a existência dos povos indígenas são os maiores inimigos. Ter uma mulher indígena como ministra dos Povos Indígenas, como Sônia Guajajara, é visto como um passo importante para a afirmação da importância das mulheres indígenas na sociedade.
Durante a marcha, também estarão presentes representantes do movimento de mulheres indígenas de outros países, como Peru, Estados Unidos, Malásia, Rússia e Nova Zelândia. Essa diversidade de participantes destaca a universalidade das questões enfrentadas pelas mulheres indígenas, como o acesso à terra, a violência de gênero, a discriminação e a luta pela autonomia e empoderamento.
Essa é a terceira edição da Marcha das Mulheres Indígenas. A primeira ocorreu em 2019 com o tema “Território: nosso corpo, nosso espírito”, e a segunda em 2021 com o tema “Mulheres originárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra”.
O evento é uma oportunidade para que as mulheres indígenas possam expressar suas demandas e lutar por seus direitos. Além disso, serve como um espaço de união e fortalecimento do movimento de mulheres indígenas, mostrando a importância dessas mulheres na sociedade brasileira e na preservação das culturas indígenas.