Senador Eduardo Girão defende retorno da população às ruas para protestar contra arbitrariedades do governo federal e do STF.

 

O senador Eduardo Girão, do partido Novo, declarou durante um pronunciamento nesta segunda-feira, 11 de setembro, que a população precisa voltar às ruas para protestar contra as arbitrariedades do governo federal e do Supremo Tribunal Federal (STF). Girão tem ouvido diversos setores da população, independentemente de suas correntes políticas, e afirma que há incertezas em relação ao rumo que o país está tomando sob a liderança do presidente Lula.

Durante o pronunciamento, o senador elencou alguns acontecimentos que marcaram a semana da Independência do Brasil e fez duras críticas. Uma delas foi a sugestão do presidente Lula de não tornar públicos os votos dos ministros do STF. Para Girão, ocultar os argumentos de cada ministro nas decisões colegiadas do STF é privar a população de um instrumento de fiscalização dos atos da Corte, principalmente quando se trata de questões que interessam a toda a sociedade brasileira.

Segundo o senador, essa opinião revela o espírito ditatorial do presidente Lula e do PT. Ele afirma que o conhecimento do voto de cada ministro é o único recurso disponível para a sociedade brasileira na esperança de que a pressão social possa inibir decisões que vão contra a vontade da maioria, como no caso da legalização do aborto e das drogas, pautas tomadas pelo STF do Congresso Nacional que nunca se eximiu de debatê-las.

Girão também criticou a postura de Lula diante das enchentes recentes no Rio Grande do Sul. Segundo o senador, o presidente optou por não visitar a região, uma vez que estava em viagem à Índia para participar de uma reunião do G-20. Ele comparou essa atitude com o ocorrido em 2010, durante o segundo mandato de Lula, quando o presidente cancelou sua presença em uma reunião do mesmo organismo para visitar o Nordeste, que também enfrentava enchentes naquela época.

Outro ponto crítico citado pelo parlamentar foi a decisão do ministro do STF, Dias Toffoli, de anular todas as provas provenientes do acordo de leniência firmado entre a empresa Odebrecht e a Operação Lava-Jato. Girão qualificou essa decisão como “deplorável” e ressaltou a importância fundamental da Operação Lava-Jato no combate à corrupção no Brasil. Ele criticou a tentativa de apagar esse escândalo histórico e lembrou que a operação já recuperou mais de R$15 bilhões desviados dos cofres públicos, sendo que R$6 bilhões já retornaram ao país.

Enquanto muitas autoridades brasileiras preferem se omitir diante de abusos, a Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação Nacional dos Procuradores da República se posicionaram oficialmente contra essa decisão. Girão enxerga isso como uma boa notícia e acredita que é hora de coragem para os homens de bem. Ele conclama a população a se unir e voltar às ruas para demonstrar sua insatisfação com as atitudes do governo e do STF, pois acredita que somente dessa forma será possível alcançar mudanças reais.

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