Debate na CCJ discute configuração do Conselho Federativo para gestão de impostos arrecadados pela PEC 45/2019

Na última quarta-feira (13), especialistas foram convidados a debater na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a configuração do Conselho Federativo para a administração dos impostos arrecadados, como previsto pela proposta de emenda à Constituição (PEC) 45/2019. Durante a discussão, os senadores expressaram preocupação em relação à formação e gestão desse conselho, sendo que os senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Jorge Seif (PL-SC) manifestaram-se contrários à criação do órgão. Por outro lado, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária, afirmou que ainda está formando sua opinião, mas destacou que o Conselho Federativo poderia ter uma configuração semelhante à do órgão gestor do Simples Nacional.

A proposta da PEC 45/2019, que visa reformar o sistema tributário brasileiro, tem gerado um amplo debate entre parlamentares e especialistas da área. Uma das principais discussões é em relação à criação do Conselho Federativo para gerir os impostos arrecadados. Esse órgão seria responsável por definir a repartição dos recursos entre os entes federativos, ou seja, entre União, estados e municípios.

Durante a reunião da CCJ, os senadores demonstraram preocupação principalmente em relação à composição e à gestão desse conselho. O senador Esperidião Amin defendeu que a decisão sobre a repartição de recursos deve ser tomada de forma mais descentralizada, ou seja, por cada ente federativo, e não por um órgão centralizado. Ele ressaltou a importância da autonomia dos estados e municípios na definição de suas prioridades de investimento.

Jorge Seif também se posicionou contrário à criação do Conselho Federativo. Segundo ele, já existem órgãos suficientes para tratar da gestão e repartição dos recursos e a criação de mais um órgão apenas burocratizaria ainda mais o sistema tributário brasileiro.

Por outro lado, o senador Eduardo Braga destacou que ainda está estudando a proposta e formando sua opinião, mas observou que o Conselho Federativo poderia se basear na configuração do Simples Nacional. Esse órgão, responsável pela gestão do regime tributário simplificado para micro e pequenas empresas, conta com representantes de diversos entes federativos em sua composição.

A discussão sobre a configuração do Conselho Federativo e sua gestão ainda deve continuar nas próximas reuniões da CCJ. A proposta de reforma tributária é considerada uma das principais pautas do Congresso Nacional e busca simplificar o sistema tributário brasileiro, tornando-o mais justo e eficiente.

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