Do total de pacientes atendidos pela Unidade de AVC, a faixa etária mais prevalente é de 61 a 80 anos, representando 50% do total. Além disso, 51% desses pacientes são mulheres, e 25% de todos os pacientes passaram por um procedimento chamado trombólise endovenosa, que consiste na administração de uma medicação para dissolver o trombo que causa o AVC.
Entre as comorbidades associadas aos pacientes estão hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e cardiopatia. Os principais sintomas identificados nos pacientes atendidos pela unidade são dificuldade de articulação ou perda da fala, boca torta, paralisia da metade do corpo e diminuição da força.
Um caso de destaque é o de um idoso de 66 anos, residente do município de Estrela de Alagoas, que apresentou sintomas como desvio de rima labial, afasia (perda da fala) e diminuição de força. Inicialmente, ele foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios, mas através do aplicativo de telemedicina Join, as equipes puderam fornecer informações para a rede exclusiva de atendimento. O paciente foi então encaminhado para a Unidade de AVC do HEA e tratado com o medicamento trombolítico, que dissolve o coágulo no cérebro. Após o tratamento, o paciente apresentou melhora no déficit motor e no desvio labial.
A Unidade de AVC do HEA possui 18 leitos, sendo oito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e dez de Enfermaria. Essa unidade se destaca pela excelência no tratamento aos pacientes, sendo reconhecida internacionalmente com o certificado Stroke Ready, pelo tratamento de qualidade oferecido aos pacientes com AVC. O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou a importância da implantação dessa unidade de AVC no interior de Alagoas, que aumentou as chances de salvar e evitar sequelas nos pacientes que anteriormente precisavam ser transferidos para Maceió.
A diretora-geral do HEA, Bárbara Albuquerque, entregou certificados à equipe multidisciplinar da Unidade de AVC em comemoração aos dois anos de funcionamento. Segundo ela, os números não são o mais importante, mas sim o fato dos pacientes estarem retornando para casa, para os braços de suas famílias.
O coordenador da Unidade de AVC, o enfermeiro Andervan Leão, destaca que o HEA não é uma porta aberta para receber pacientes com AVC, eles chegam por meio de regulação realizada pela ferramenta Join e regulação do Estado. Por isso, é necessário que tudo funcione em sintonia para que os pacientes cheguem à unidade, onde a equipe estará preparada e pronta para oferecer atendimento o mais rápido possível.
Em resumo, a Unidade de AVC do Hospital de Emergência do Agreste completa dois anos com um grande número de pacientes assistidos e se mostra como uma referência no atendimento a pessoas com AVC na região. O trabalho realizado pela equipe multidisciplinar tem sido reconhecido com a certificação Stroke Ready, e o hospital continua buscando melhorias para salvar vidas e evitar sequelas.
