Durante a entrevista, o presidente da AMA destacou a preocupação dos municípios alagoanos diante da redução dos repasses do FPM nos últimos meses. Segundo ele, essa situação tem afetado diretamente a capacidade dos municípios de realizarem investimentos e manterem os serviços básicos funcionando.
De acordo com Hugo Wanderley, essa queda nos repasses do FPM se deve à diminuição da arrecadação federal. Ele ressaltou que, mesmo com o aumento da arrecadação através de impostos como o Imposto de Renda e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os repasses para os municípios têm diminuído.
O professor de Economia Arnóbio Cavalcanti explicou que essa redução nos repasses do FPM não é exclusiva de Alagoas, mas sim uma situação nacional. Ele enfatizou que, além da arrecadação, é necessário considerar os critérios de distribuição do fundo, que são definidos de acordo com a população e a renda per capita de cada município.
Durante a conversa, foram discutidas possíveis soluções para enfrentar essa queda nos repasses do FPM. O presidente da AMA sugeriu a busca por alternativas de financiamento, como a captação de recursos através de empréstimos e convênios com órgãos estaduais e federais. Ele também ressaltou a importância da mobilização dos gestores municipais para pressionar o governo federal a reverter essa situação.
O professor Arnóbio Cavalcanti destacou a necessidade de uma reforma tributária para resolver de forma mais estrutural esse problema. Ele argumentou que é preciso repensar a forma como os impostos são arrecadados e distribuídos, de modo a garantir uma maior equidade na distribuição dos recursos para os municípios.
Em conclusão, o podcast “Política Sem Off” trouxe para discussão a situação da queda dos repasses do FPM e contou com a participação do presidente da AMA, Hugo Wanderley, e do professor Arnóbio Cavalcanti. Ambos apontaram a necessidade de buscar alternativas de financiamento e realizar uma reforma tributária para enfrentar esse problema que afeta não apenas Alagoas, mas todo o país. A mobilização dos gestores municipais também foi destacada como uma forma de pressionar o governo federal a tomar medidas para reverter essa situação.