Com a saída de Augusto Aras, gestão interina da PGR será conduzida por duas mulheres: Elizeta de Paiva Ramos e Ana Borges Coelho do Santos.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) passou por uma mudança significativa em sua cúpula, agora composta por duas mulheres. Com a saída do procurador-geral Augusto Aras, o comando do órgão será exercido, de forma interina, pela subprocuradora Elizeta de Paiva Ramos e pela vice Ana Borges Coelho do Santos.

Essa gestão interina se manterá à frente da PGR até que o processo de nomeação do novo procurador-geral seja finalizado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será responsável por indicar o novo chefe do órgão, porém, ainda não há um prazo estipulado para essa indicação.

Após a definição do nome indicado, será necessário que ele seja aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa. Somente depois disso, a posse do novo procurador-geral poderá ser marcada pela PGR.

Eliseta Ramos tem uma longa trajetória no Ministério Público Federal (MPF), ingressando em 1989. Ao longo de sua carreira, ela participou de diversos colegiados que tratam de direitos sociais, fiscalização de atos administrativos e supervisão da atividade policial. Em setembro deste ano, Ramos foi eleita vice-presidente do Conselho Superior do MPF.

Augusto Aras, indicado duas vezes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, assumiu o cargo de procurador-geral da PGR em 2019 e deixou a posição na última terça-feira (26). Durante seus dois mandatos, Aras foi alvo de críticas por não adotar medidas contra Bolsonaro, especialmente durante a pandemia da covid-19.

Em seu último discurso no Supremo Tribunal Federal, Aras defendeu sua gestão e afirmou que as investigações criminais avançaram sem alardes midiáticos. As críticas contra sua atuação no período foram rebatidas por ele, que destacou o trabalho realizado durante sua gestão.

Com a presença de duas mulheres à frente da PGR, há uma representatividade importante no órgão. A inclusão de mulheres em cargos de liderança tem se mostrado cada vez mais necessária e relevante em diversas áreas, inclusive no âmbito da justiça. Essa mudança na cúpula da PGR pode ser vista como um passo em direção à igualdade de gênero e representatividade dentro do órgão.

Agora, é aguardar a indicação e aprovação do novo procurador-geral para que a PGR possa seguir com sua missão de garantir a defesa do ordenamento jurídico e dos interesses da sociedade brasileira.

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