Solicitação de senadores adia discussão sobre projeto de regulamentação do mercado de carbono por uma semana

Na última quarta-feira (27), a presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, senadora Leila Barros (PDT-DF), acatou a solicitação de alguns senadores e adiou a análise e discussão do Projeto de Lei 412/2022, que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), conhecido como mercado de carbono. A relatora do projeto elaborou um substitutivo ao texto original, do ex-senador Chiquinho Feitosa (CE), com base no parecer da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e nas emendas e sugestões de entidades apresentadas durante as audiências promovidas pela CMA.

De acordo com a senadora Leila Barros, o adiamento se deve à demanda por mais emendas. A decisão foi tomada após consulta aos membros da comissão. A presidente da CMA ressaltou a importância de garantir um debate amplo e aprofundado sobre o projeto.

Além disso, foi concedida vista coletiva ao Projeto de Lei 1.459/2022, que modifica as regras de aprovação e comercialização de agrotóxicos. O projeto é um substitutivo da Câmara dos Deputados ao PLS 526/1999, apresentado pelo ex-senador Blairo Maggi. O texto recebeu parecer favorável do senador Fabiano Contarato (PT-ES). A senadora Tereza Cristina (PL-MS) destacou a relevância do assunto e afirmou que é necessário uma análise aprofundada do relatório, que é esperado pelo setor agro brasileiro há muitos anos.

Em relação à obstrução ocorrida na terça-feira (26) durante a votação em Plenário, a Oposição adotou a mesma estratégia na análise do requerimento para a realização de uma audiência pública sobre o Projeto de Lei 3.649/2023, que dispõe sobre a estadualização do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. A audiência pública havia sido solicitada pelos senadores Teresa Leitão (PT-PE), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Alessandro Vieira (MDB-SE) e Fabiano Contarato.

O líder da Oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que concorda com a realização da audiência pública, mas pediu que a votação do requerimento fosse adiada, questão que será analisada em sessão extraordinária na próxima terça-feira (3).

Rogério Marinho explicou que o pedido é de cunho político e está relacionado ao processo de invasão institucional de competências por parte do Judiciário em relação às prerrogativas do Parlamento. A posição da Oposição é institucional e não tem nada de pessoal.

A presidente da CMA, senadora Leila Barros, marcou a sessão extraordinária para votação do requerimento e a realização da audiência pública para a próxima terça-feira (3), atendendo ao acordo informal feito com os senadores da Oposição.

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