Durante o julgamento, Lucas Oliveira dos Santos afirmou não se lembrar de como a briga começou, mas admitiu ter tirado a arma das mãos do policial e entregado a Weverton. Segundo ele, sua intenção era apenas desarmar o PM. No entanto, ele foi condenado a 8 anos e oito meses de prisão pelo crime de lesão corporal seguida de morte. O Ministério Público já anunciou que irá recorrer da sentença, alegando que Lucas teve participação determinante no crime.
Já Weverton Henrique da Silva Oliveira, ouvido por videoconferência durante o julgamento, confirmou ter dado socos e chutes na vítima, mesmo após ela já estar desacordada. No entanto, ele alegou ter agido em legítima defesa. Weverton recebeu uma pena mais alta, sendo condenado a 23 anos e três meses de reclusão.
Ambos os réus foram defendidos pelo defensor público Marcos Antônio da Silva Freire durante o julgamento. A defesa tentou argumentar que os acusados não tiveram intenção de matar o policial e que agiram em meio a uma briga generalizada.
De acordo com os autos do processo, o crime ocorreu após Lucas e Weverton abastecerem o carro em um posto de gasolina. Os acusados teriam dado pancadas na parte traseira de um ônibus, o que gerou uma discussão com o motorista do veículo. Foi nesse momento que o policial Vanísio, que estava no ônibus, se envolveu na situação, portando uma arma de fogo para tentar cessar as agressões verbais e ameaças.
No entanto, um disparo foi efetuado durante a confusão, resultando na queda do policial, que foi arrastado para fora do ônibus e brutalmente agredido com socos e chutes na cabeça. Após desmaiar, ele foi baleado, vindo a óbito.
Toda a sequência dos fatos foi registrada por câmeras de segurança do posto de gasolina, o que comprovou a participação de Lucas e Weverton no crime.
O caso gerou grande comoção na cidade de Arapiraca e sua repercussão tem sido acompanhada de perto pela população. A condenação dos réus traz um certo alívio para os familiares e amigos do policial Vanísio, mas também reacende o debate sobre a violência e o uso de armas de fogo.
O processo segue em tramitação e o Ministério Público continua empenhado em buscar a justiça completa nesse caso de extrema violência. A decisão do juiz certamente não encerra a história, e a expectativa de recursos e novos desdobramentos permanece presente. Matéria referente ao processo nº 0700047-54.2021.8.02.0069.