Dentre as medidas anunciadas, os recursos serão usados para a instalação de novas unidades da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no estado, além da compra de viaturas e implementação de programas de segurança em escolas, combate às drogas e atendimento a jovens e mulheres vítimas de violência.
Só no mês de setembro, cerca de 60 pessoas morreram em confrontos com forças de segurança no estado, a maioria delas em bairros periféricos de Salvador. Um policial federal também perdeu a vida durante uma operação contra uma quadrilha.
Diante desse cenário, o ministro destacou que a principal estratégia para reduzir as mortes e a violência na Bahia será a integração entre as polícias Federal, Rodoviária Federal e estadual. Segundo ele, as ações das polícias estaduais, juntamente com o fortalecimento das polícias Federal e Rodoviária Federal, devem produzir os efeitos esperados.
De acordo com o anúncio feito pelo ministro, algumas das ações previstas são a entrega da nova sede modernizada da Polícia Federal, com um investimento de R$ 22 milhões, a reforma da delegacia de Vitória da Conquista, a instalação de uma unidade da PF em Feira de Santana em até 45 dias e a implantação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) em Ilhéus, com atuação da Polícia Federal e da polícia estadual.
Já a Polícia Rodoviária Federal receberá um investimento de R$ 411 mil para a modernização do posto policial em Ribeira do Pombal, além de um fortalecimento do policiamento nas divisas do estado. Outras ações também foram anunciadas, como um adicional de R$ 20 milhões para aluguel e compra de viaturas, R$ 6 milhões para o Programa Escola Segura, reforço das patrulhas escolares, e repasses financeiros para as polícias estaduais e sistema penitenciário, entre outros.
Além disso, o ministro destacou que o aumento da violência no país está relacionado com a facilitação na compra de armas nos últimos anos, o que acaba fortalecendo as quadrilhas. Ele também criticou a criminalização das polícias durante as ações de combate ao crime organizado, afirmando que a atuação de maus policiais não deve ser usada para julgar toda a corporação.
No mês passado, a Anistia Internacional divulgou uma nota pública criticando o governo da Bahia pelo número de mortes registradas no estado em confrontos com policiais. Segundo levantamento da organização, ocorreram 86 mortes em operações policiais em um período de dois meses, o que corresponde a quase duas mortes por dia.
Com o anúncio dessas medidas, espera-se que haja uma redução nos índices de violência na Bahia, trazendo mais segurança para a população e melhorando a atuação das forças de segurança no combate ao crime organizado.