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Ataque do Hamas contra Israel inicia novo capítulo do conflito de décadas no Oriente Médio.

No último sábado (7), o grupo palestino Hamas realizou um ataque contra Israel, resultando em milhares de mortos e iniciando mais um capítulo de um conflito que já dura décadas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prontamente declarou guerra aos agressores e mobilizou o exército do país para uma resposta.

O conflito entre Israel e Palestina é marcado por questões geopolíticas e religiosas, já que a região é considerada sagrada para o judaísmo, islamismo e cristianismo. As raízes desse conflito remontam à década de 1940, quando o fluxo migratório de judeus provocou atritos com os árabes-palestinos, alterando a composição demográfica da região.

Após o fim do mandato britânico sobre a Palestina, a ONU propôs, em 1947, a criação de dois estados. No entanto, os árabes rejeitaram o acordo, alegando que ficariam com as terras menos favorecidas. Mesmo assim, os judeus celebraram a criação do Estado de Israel em 1948, ampliando suas fronteiras ao longo dos anos em meio a conflitos violentos. Por sua vez, os palestinos estão divididos entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, territórios sem ligação por terra.

De acordo com o cientista político Leonardo Paz, a Guerra dos Seis Dias, em 1967, marcou um momento-chave, quando Israel tomou territórios e ampliou seu tamanho original. A soberania de Israel sobre a Faixa de Gaza agrava a situação, segundo o especialista, e a nova onda de violência era esperada. Ele prevê uma mobilização forte das Forças Armadas de Israel para ocupar Gaza, resgatar os reféns e responder de forma enérgica ao Hamas.

O impasse no conflito é evidente. O ataque do Hamas é considerado sem precedentes, e espera-se uma resposta dura de Israel nos próximos dias. Netanyahu lidera o partido direitista Likud e é o primeiro-ministro de Israel desde 2022, sendo o político que ocupou o cargo por mais tempo na história do país.

A Palestina reivindica a soberania sobre a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e considera Jerusalém como sua capital. A OLP, criada em 1964, foi a entidade apresentada como representante legítima do povo palestino. Inicialmente, a luta era armada, mas a OLP passou a apoiar uma solução com dois estados, alinhada com a proposta da ONU em 1947. Em 1993, Yasser Arafat reconheceu o Estado de Israel, e a OLP foi reconhecida como representante legítima dos palestinos.

A ANP foi criada em 1994 a partir do Acordo de Oslo, com o objetivo de administrar os territórios palestinos enquanto as negociações continuavam. O Fatah é o maior grupo político dentro da OLP e é considerado mais moderado que o Hamas. Já o Hezbollah, aliado do Hamas, é visto como um movimento de resistência legítimo no mundo islâmico xiita, mas como uma organização terrorista no ocidente.

O conflito entre Israel e Palestina é um dos mais prolongados e complexos do mundo, envolvendo diferentes atores e interesses. A busca por uma solução duradoura e justa ainda é um desafio a ser enfrentado.

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