Os impactos da estiagem já afetam diretamente 63 comunidades rurais ribeirinhas de Manaus. No final de setembro, a Prefeitura decretou situação de emergência no município devido à vazante do Rio Negro. A seca tem trazido consequências para a população local, como por exemplo, o encerramento antecipado do ano letivo das escolas ribeirinhas, uma vez que professores e alunos estão encontrando dificuldades para se locomoverem até as unidades escolares.
O Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) explica que além do fenômeno El Niño, que aumenta a temperatura das águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial, o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, logo acima da linha do Equador, está inibindo a formação de nuvens, reduzindo consideravelmente o volume de chuvas na Amazônia.
Essa situação preocupa as autoridades responsáveis, pois a baixa do nível dos rios, especialmente do Rio Negro, traz consequências sociais, econômicas e ambientais. Com a vazante, a navegação fluvial fica comprometida, dificultando o transporte de mercadorias e afetando diretamente a economia local.
Além disso, a diminuição dos rios também pode gerar problemas relacionados à captação de água para o abastecimento da população e para a produção agrícola. Com a seca prolongada, muitas comunidades ribeirinhas estão enfrentando escassez de água potável e dificuldades na irrigação de plantações.
Diante do quadro preocupante, é necessário que sejam adotadas medidas de enfrentamento e adaptação, tanto pela população quanto pelas autoridades competentes. A busca por soluções sustentáveis que busquem o equilíbrio entre a preservação ambiental e a utilização dos recursos naturais é essencial para garantir a sobrevivência dessas comunidades e a conservação da Amazônia.