Secretaria de Educação discute currículo da educação básica em escolas indígenas durante encontro em Alagoas.

No último final de semana, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) deu mais um passo importante no sentido de fortalecer a educação básica nas escolas indígenas de Alagoas. O auditório do Centro de Formação Professor Ib Gatto Falcão (Cenfor), localizado no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa), em Maceió, foi palco do 1º Encontro das Escolas Indígenas de Alagoas, com o tema “(RE) significando, problematizando currículos”.

Durante o evento, que contou com o apoio de pesquisadores, representantes do Fórum Estadual Permanente de Educação Escolar Indígena (FEPEEIND) e lideranças das comunidades tradicionais, os participantes debateram os estudos iniciados há mais de duas décadas sobre a construção de um documento que contemple as particularidades dos povos indígenas, considerando o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI).

Um dos principais temas discutidos durante o encontro foi a disparidade entre o currículo convencional e o currículo para e com a educação escolar indígena. O secretário executivo de Desenvolvimento da Educação e Cooperação com os Municípios, Daniel Marinho, ressaltou a importância da recriação da Gerência Especial de Educação Escolar Indígena, que voltou a integrar a estrutura organizacional da Seduc. Isso fortalece o diálogo permanente com as comunidades indígenas e reforça a consolidação de direitos, como o direito à educação de qualidade.

Além disso, o encontro também trouxe à tona a importância da infraestrutura escolar. Em agosto deste ano, o Governo de Alagoas entregou a reforma da Escola Estadual Indígena Balbino Ferreira, em Palmeira dos Índios, e autorizou a construção de mais quatro unidades para contemplar os povos indígenas de Akonã (Traipu), Karapotó (São Sebastião), Kalankó (Água Branca) e Karuazu (Pariconha).

Gecinaldo Soares de Queiroz, gestor da Escola Estadual Indígena Pajé Miguel Selestino da Silva, ressaltou a importância do encontro para discutir a realidade dos povos indígenas e construir, coletivamente, as mudanças necessárias na educação escolar indígena. No evento, também estiveram presentes professores das universidades Federal e Estadual de Alagoas, e do Instituto Federal de Alagoas.

Alagoas conta com 227 professores indígenas que atuam nas 17 escolas de cinco Gerências Especiais de Educação (GEEs), garantindo a educação básica em todas as suas fases, do ensino infantil ao ensino médio, além da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI).

Com o debate e a colaboração de professores, pesquisadores e representantes das comunidades indígenas, a Secretaria de Educação busca fortalecer a educação básica nas escolas indígenas de Alagoas, considerando as particularidades dos povos indígenas e promovendo o diálogo constante com as comunidades. A recriação da Gerência Especial de Educação Escolar Indígena e a entrega de novas unidades demonstram o compromisso do governo estadual em garantir uma educação de qualidade para todos.

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