Além das capitais, outras grandes cidades brasileiras também tiveram uma importante participação nas eleições para conselheiros tutelares. Guarulhos, em São Paulo, teve 118.015 votantes, o que corresponde a 12,55% do eleitorado. Já em Contagem, Minas Gerais, 25.498 pessoas votaram, representando 5,61% dos eleitores. Em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, 46.718 pessoas compareceram às urnas, o que correspondenteu a 9,7% dos eleitores aptos da cidade.
A soma dos votos em 24 dos maiores municípios do país, excluindo as capitais, alcançou a marca de 541 mil votos, conforme o balanço divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
No entanto, algumas localidades enfrentaram desafios para a realização das eleições. No Rio Grande do Sul, as fortes chuvas registradas no estado adiaram o pleito em algumas regiões. Já na região amazônica, a seca dos rios dificultou a participação de alguns municípios. Em Natal, a distribuição equivocada das urnas eletrônicas levou o Ministério Público a recomendar o adiamento das eleições.
De forma preocupante, seis cidades brasileiras não realizaram eleições diretas para a escolha de representantes dos conselhos tutelares: Uberlândia, Cascalho Rico, Grupiara, Liberdade, Rio Largo e Santana do Ipanema. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania encaminhou ofícios aos chefes do Ministério Público dos estados de Minas Gerais e Alagoas solicitando providências.
Diante dessa situação, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) recomendou que os municípios que não participaram da fase de votação agendem o pleito para o dia 29 de outubro, de forma unificada. Essa recomendação está de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e visa garantir que a posse dos conselheiros tutelares ocorra em 10 de janeiro de 2024.
Diante dos números expressivos de participação nas eleições para conselheiros tutelares, fica evidente a importância desses profissionais na proteção dos direitos das crianças e adolescentes em todo o país. O aumento da participação nas capitais e em outras grandes cidades demonstra o engajamento da população nesse tema tão relevante. No entanto, é preocupante a falta de eleições diretas em algumas localidades, o que pode comprometer a representatividade e a efetividade do trabalho dos conselheiros tutelares nessas regiões. Por isso, é fundamental que as providências sejam tomadas para garantir uma nova data para as eleições nessas cidades.