Eleição para conselheiros tutelares registra mais de 2,3 milhões de votos, com aumento de 34,7% nas capitais.

Pelo menos 2,3 milhões de brasileiros votaram na eleição para conselheiros tutelares realizada no início do mês em todo o país, sendo 1,7 milhão somente nas capitais. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (18) pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Segundo informações enviadas pelos municípios, 1.744.042 eleitores compareceram aos locais de votação das capitais, representando um aumento de 34,7% em relação ao último pleito, que contou com 1.316.342 votantes em 2019.

Além das capitais, outras grandes cidades brasileiras também tiveram uma importante participação nas eleições para conselheiros tutelares. Guarulhos, em São Paulo, teve 118.015 votantes, o que corresponde a 12,55% do eleitorado. Já em Contagem, Minas Gerais, 25.498 pessoas votaram, representando 5,61% dos eleitores. Em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, 46.718 pessoas compareceram às urnas, o que correspondenteu a 9,7% dos eleitores aptos da cidade.

A soma dos votos em 24 dos maiores municípios do país, excluindo as capitais, alcançou a marca de 541 mil votos, conforme o balanço divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

No entanto, algumas localidades enfrentaram desafios para a realização das eleições. No Rio Grande do Sul, as fortes chuvas registradas no estado adiaram o pleito em algumas regiões. Já na região amazônica, a seca dos rios dificultou a participação de alguns municípios. Em Natal, a distribuição equivocada das urnas eletrônicas levou o Ministério Público a recomendar o adiamento das eleições.

De forma preocupante, seis cidades brasileiras não realizaram eleições diretas para a escolha de representantes dos conselhos tutelares: Uberlândia, Cascalho Rico, Grupiara, Liberdade, Rio Largo e Santana do Ipanema. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania encaminhou ofícios aos chefes do Ministério Público dos estados de Minas Gerais e Alagoas solicitando providências.

Diante dessa situação, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) recomendou que os municípios que não participaram da fase de votação agendem o pleito para o dia 29 de outubro, de forma unificada. Essa recomendação está de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e visa garantir que a posse dos conselheiros tutelares ocorra em 10 de janeiro de 2024.

Diante dos números expressivos de participação nas eleições para conselheiros tutelares, fica evidente a importância desses profissionais na proteção dos direitos das crianças e adolescentes em todo o país. O aumento da participação nas capitais e em outras grandes cidades demonstra o engajamento da população nesse tema tão relevante. No entanto, é preocupante a falta de eleições diretas em algumas localidades, o que pode comprometer a representatividade e a efetividade do trabalho dos conselheiros tutelares nessas regiões. Por isso, é fundamental que as providências sejam tomadas para garantir uma nova data para as eleições nessas cidades.

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