Relatório da Receita Federal revela gargalos logísticos e tempo médio de 107 horas para exportação de produtos no Brasil

Um relatório divulgado hoje pela Receita Federal traz à tona os desafios que o Brasil enfrenta na exportação de seus produtos. O Estudo de Tempos de Liberação de Cargas revelou que o tempo médio gasto para exportações comuns é de 107 horas e 52 minutos. Embora esse número represente uma redução significativa em relação aos dados de anos anteriores, em que o tempo ultrapassava as 300 horas, ainda há gargalos logísticos que precisam ser enfrentados.

De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o estudo realizado em 2023 mostrou um cenário promissor, com um aumento significativo na eficiência da exportação. Ele destacou que, antes da implementação dos novos processos de exportação no país, o tempo médio era de aproximadamente 312 horas. No entanto, mesmo com essa redução, ainda é necessário lidar com os desafios logísticos.

O ministro ressaltou que apenas 3% do tempo total gasto na exportação é consumido em trâmites do poder público, o que demonstra avanços na aplicação do sistema de gestão de risco da Receita Federal. Ele enfatizou a importância de enfrentar esse desafio logístico para impulsionar a economia do país.

O auditor-fiscal da Receita Federal do Brasil, José Carlos de Araújo, detalhou as conclusões do estudo. Segundo ele, a exportação brasileira leva em média 107 horas para ser processada, sendo que 97% desse tempo é gasto em logística ou procedimentos realizados pelo exportador, despachante e para o embarque da carga. Entre o desembaraço da mercadoria e o seu embarque, são gastas 91 horas, o que corresponde a 85% do tempo médio de exportação. Além disso, cerca de 13 horas são consumidas para que o exportador ou despachante apresente a carga para despacho, submetendo-a à fiscalização.

Para Haddad, estudos como esse são essenciais para o desenvolvimento do país, pois permitem um diagnóstico preciso sobre a realidade brasileira e possibilitam a comparação com a experiência de outros países. É fundamental conhecer em detalhes os gargalos logísticos e buscar soluções para agilizar o processo de exportação, contribuindo assim para o crescimento econômico do Brasil.

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