Esporotricose: Infecção fúngica que afeta humanos e animais é alerta para cuidados e tratamento adequado

A esporotricose é uma infecção fúngica que afeta tanto humanos quanto diversas espécies de animais, como cães, gatos, tatus, entre outros. Provocada pelo fungo Sporothrix, essa doença pode resultar em ferimentos e úlceras na pele e mucosas.

De acordo com a Coordenação de Vigilância de Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis, os principais sintomas da esporotricose são o surgimento de feridas na pele e mucosas, frequentemente acompanhadas ou não de secreção purulenta. Em casos mais graves, podem ocorrer sintomas como anorexia, febre, desidratação, perda de peso e vômitos, indicando um possível comprometimento de órgãos.

A transmissão da esporotricose em humanos ocorre por meio do contato com a pele lesionada ou traumas, como espinhos, farpas de madeira, arranhaduras e mordeduras de animais infectados, como cães e gatos.

Em caso de arranhadura, mordedura ou respingo de saliva de um animal suspeito de estar com esporotricose, é fundamental agir com rapidez. A primeira medida a ser tomada é lavar o local afetado com água e sabão. Caso haja contato com a saliva do animal nas mucosas ou na face, recomenda-se lavar exaustivamente com água ou solução fisiológica. Em seguida, é necessário buscar imediatamente atendimento médico especializado.

Segundo o médico veterinário da Unidade de Vigilância em Zoonoses, caso um animal seja considerado suspeito de estar com esporotricose, a primeira medida é levá-lo a um serviço veterinário para realizar o diagnóstico. O exame confirmatório é feito por meio de cultura fúngica e o tratamento do animal, que consiste na administração de itraconazol via oral, pode ser iniciado enquanto aguarda o resultado dos exames.

É importante também isolá-lo de outros animais e evitar que saia na rua. O local onde o animal fica deve ser de fácil higienização, com piso de cerâmica para a aplicação de cloro diariamente.

Durante o tratamento, toda manipulação do animal deve ser feita utilizando luvas e é fundamental que esse animal doente fique separado do convívio das pessoas, principalmente crianças e idosos.

A prevenção da esporotricose depende do conhecimento da existência da doença e de seu tratamento imediato. Embora não exista vacina contra essa doença, é possível diminuir o risco de infecção utilizando roupas protetoras ao cuidar das plantas do jardim ou de outros materiais que possam estar contaminados pelos fungos.

No caso dos médicos veterinários e tratadores, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é obrigatório ao manipular animais doentes. A Vigilância em Saúde de Maceió realiza constantemente ações educativas com a população para alertar sobre os sintomas e a transmissão da doença.

Em relação ao tratamento da esporotricose em humanos, é importante ressaltar que a escolha do método depende da forma clínica da doença e do estado imunológico do paciente. Nunca se automedique ou interrompa o uso de medicamentos sem antes consultar um médico.

Em caso de suspeita de esporotricose em animais, o número de telefone para informar é (82) 98882-8240, disponível no Plantão da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ). A equipe da UVZ está apta a receber as informações e orientar sobre os próximos passos a serem seguidos.

É fundamental que a população esteja ciente dos sintomas, formas de transmissão e medidas preventivas para evitar a disseminação da esporotricose. Com conhecimento e ações adequadas, é possível combater essa doença e garantir a saúde de todos.

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