O objetivo da capacitação foi preparar os profissionais da educação para prevenir e agir em casos de automutilação no ambiente escolar. Durante o evento, foram distribuídos panfletos informativos sobre o tema e discutidos assuntos como definição de automutilação, tipos e estágios, sinais de risco, fatores de proteção, estratégias de comunicação e a importância do desenvolvimento da regulação emocional. Além disso, foi abordado o papel da escola diante dessa questão que se configura como um problema de saúde pública.
A capacitação foi conduzida pela psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde, Silvana Paula, juntamente com os residentes de enfermagem em psiquiatria e saúde mental, Ana Letícia e Raul Brener. Antes da realização do curso, foram feitos formulários de avaliação situacional escolar e a escola foi escolhida para o treinamento por apresentar altos índices de automutilação. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que houve um aumento nos casos de automutilação na região em 2023.
Durante a capacitação, Silvana Paula destacou a importância da Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio no combate aos problemas de saúde mental e emocional. Ela ressaltou a importância de os professores ficarem atentos às mudanças de comportamento dos alunos e de colaborarem para a promoção da saúde emocional, através de estratégias de investigação familiar e escolar que possam diminuir os riscos de adoecimento.
No treinamento, 20 professores do 8º e 9º ano do ensino fundamental II participaram e puderam trocar experiências sobre comportamentos de risco apresentados por alguns estudantes. O objetivo era pensar em abordagens e investigações que pudessem reduzir os riscos de problemas emocionais.
A capacitação realizada pela Secretaria Municipal de Saúde de Maceió surge como uma importante iniciativa para combater a automutilação no ambiente escolar. Através do treinamento de professores e pedagogos, busca-se não apenas identificar os sinais de automutilação, mas também orientar e prevenir essas situações, promovendo a saúde emocional dos alunos. É fundamental que os profissionais da educação estejam capacitados e preparados para lidar com esse tipo de problema, contribuindo assim para o bem-estar e o desenvolvimento saudável dos estudantes.
