O senador declarou que o que está sendo visto na reserva Chico Mendes é equiparado a um regime de escravidão. Os moradores da reserva têm apenas um direito, que na realidade acaba se tornando um dever: colher borracha e castanha. No entanto, o quilo da borracha é comprado por apenas R$ 3 e o governo promete um subsídio que nunca chega. Quanto à castanha, é vendida em lata por menos de R$ 5. Além disso, quando os moradores adoecem ou são picados por cobras, eles precisam ser carregados em redes, uma vez que não há transporte disponível. Outro problema enfrentado pelos moradores é a falta de energia.
O senador relatou o depoimento de uma senhora, que está gravado em um pen drive e será enviado à Procuradoria-Geral da República, onde a mesma menciona seu desejo de que seu filho possa estudar. Plínio Valério também informou que tentou entrar em contato com a procuradora-geral da República, Elizeta de Paiva Ramos, porém não obteve retorno. Como resultado, a CPI das ONGs decidiu realizar uma sessão extraordinária para aprovar um requerimento de convite à procuradora-geral, a fim de que ela compareça à comissão e receba uma representação contendo denúncias de abuso de poder, maus tratos, agressões e truculência.
Na visão do senador Plínio Valério, o dinheiro proveniente do exterior que é injetado em organizações brasileiras representa uma ameaça à soberania do país, uma vez que as ONGs interferem e ditam as políticas públicas relacionadas ao meio ambiente no Brasil. Ele ainda denunciou que o ICMBio tem impedido a construção de uma escola dentro da reserva, além de proibir os moradores de plantar milho e abrir ramais. Segundo o senador, a organização WWF, representada pelo símbolo do ursinho panda, é quem comanda e dita as regras no ICMBio.
É importante destacar que o pronunciamento do senador Plínio Valério foi realizado durante uma sessão no Senado Federal e que a Agência Senado autorizou a reprodução do texto, desde que seja citada a fonte.