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Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeita cessar-fogo na Faixa de Gaza e afirma que é tempo de guerra

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou veementemente a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza hoje. Em uma declaração à imprensa, Netanyahu afirmou que qualquer tentativa de interromper os bombardeios seria uma rendição ao terrorismo do grupo Hamas.

“Pedir por um cessar-fogo é pedir para Israel se render ao Hamas, se render ao terrorismo, se render à barbárie. Isso não vai acontecer. Senhoras e senhores, a Bíblia diz que há o tempo de paz e o tempo de guerra. Esse é o tempo da guerra”, declarou o primeiro-ministro, citando a Torá, livro sagrado do judaísmo.

Na última sexta-feira, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução demandando um cessar-fogo imediato, mas Netanyahu rejeitou essa abordagem diplomática e decidiu continuar com os ataques.

Além disso, ele também aproveitou a oportunidade para expressar solidariedade às três mulheres sequestradas pelo Hamas, que apareceram em um vídeo divulgado pelo grupo na segunda-feira. Essas mulheres foram capturadas no início de outubro e pediram ao governo israelense por ações mais efetivas em sua libertação.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, já propôs a troca dos cerca de 200 reféns em seu poder pelos chamados prisioneiros políticos palestinos. No entanto, Netanyahu exigiu a liberação imediata de todos os reféns e reiterou seu apelo para que os civis evacuem a região norte da Faixa de Gaza, considerada uma área insegura.

Enquanto o conflito se desenrola, a situação humanitária em Gaza continua se deteriorando. Segundo a ONU, mais de 8 mil palestinos já morreram desde o início da crise, com sete em cada dez vítimas sendo mulheres e crianças. Mais de 1,4 milhão de pessoas estão desabrigadas, representando cerca de 60% da população de Gaza.

A violência também se espalhou para a Cisjordânia, onde 121 pessoas foram mortas por colonos israelenses ou pelas forças armadas. Enquanto isso, mais de 1,4 mil israelenses também perderam suas vidas desde o início dos conflitos, a maioria durante o sequestro das três mulheres.

Enquanto a comunidade internacional continua tentando encontrar uma solução para o conflito, as negociações no Conselho de Segurança da ONU têm sido bloqueadas por vetos tanto dos Estados Unidos quanto da Rússia. O governo brasileiro está buscando abrir a fronteira entre o Egito e Gaza para retirar seus cidadãos que estão presos na zona de conflito.

Em uma tentativa de avançar nas negociações, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, conversou com o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, sobre a emergência humanitária em Gaza e a situação na fronteira com o Egito.

Apesar dos esforços diplomáticos, parece que a guerra na Faixa de Gaza está longe de terminar, deixando a população civil cada vez mais vulnerável às consequências devastadoras do conflito.

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