Dose da vacina contra a covid-19 será obrigatória para crianças e incluída no Programa Nacional de Imunizações a partir de 2024

A partir de 2024, a vacina contra a covid-19 será incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Brasil. A recomendação do Ministério da Saúde é que estados e municípios deem prioridade às crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Esses grupos incluem idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, pessoas institucionalizadas, pessoas com deficiência permanente, pessoas privadas de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.

A incorporação da vacina contra a covid-19 ao PNI é uma mudança importante, alinhada com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante a pandemia, foi criado um programa paralelo para a vacinação contra a doença, mas agora a vacina será obrigatória no calendário vacinal de todas as crianças nascidas ou que estejam no Brasil, com idade entre 6 meses e menores de 5 anos. Além disso, a dose também será incluída no calendário anual de vacinação para os grupos prioritários.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel, destacou a importância dessa mudança: “Temos elementos muito robustos e contundentes que indicam a segurança e a efetividade da vacina. No Brasil, tínhamos 4 mil pessoas morrendo todos os dias por covid. Hoje, temos 42. Essa é a maior prova da efetividade da vacina”.

A vacinação contra a covid-19 continuará sendo anual, conforme recomendação da OMS. Para os adultos imunocompetentes, ou seja, sem nenhuma doença de base, as doses já aplicadas oferecem proteção contra a gravidade da doença. As vacinas também protegem contra a covid longa, como mostram os estudos. No entanto, caso surja uma nova variante que escape da proteção das vacinas existentes, as recomendações podem ser alteradas.

O Ministério da Saúde também contratou um estudo nacional para avaliar os casos de covid longa no país. O estudo será realizado em parceria com a Universidade Federal de Pelotas e entrevistará cerca de 33 mil pessoas para entender a frequência e persistência dos sintomas da doença. Os resultados desse estudo serão utilizados para criar políticas públicas relacionadas à covid longa em 2024.

Em relação aos números de casos da doença, o Brasil segue uma tendência observada globalmente, com oscilações. Alguns estados, como Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, apresentam aumento de casos na população adulta. Em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, há sinalização de aumento lento nas ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à covid-19 em idosos, mas sem reflexo no total de casos identificados. O Distrito Federal, Goiás e o Rio de Janeiro, que anteriormente mostravam crescimento, demonstraram indícios de interrupção no aumento de notificações.

A inclusão da vacina contra a covid-19 no PNI é uma medida importante para garantir a proteção da população e combater a propagação da doença. A vacinação se tornará obrigatória para crianças e estará disponível para os grupos prioritários. A efetividade das vacinas é evidente, com uma redução significativa no número de mortes por covid-19 no país. No entanto, é importante continuar monitorando a evolução da doença e seguir as recomendações das autoridades de saúde.

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