Presença de compostos tóxicos nas águas do Rio Santo Antônio é constatada em laudo da UFAL.

Um laudo recente, produzido por um laboratório da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), trouxe à tona uma preocupante descoberta: a presença de compostos químicos tóxicos nas águas do Rio Santo Antônio, localizado na Barra de Santo Antônio, Alagoas. O pesquisador Emerson Soares, responsável pela pesquisa, recomendou que a população evite consumir peixes provenientes desse rio e também se abstenha de tomar banho em suas águas.

Segundo Soares, foram identificados diversos compostos químicos na água do rio, incluindo endossulfan, endrin, decanal e fluoroacetamida. Esses compostos estão geralmente presentes em agroquímicos utilizados nas plantações próximas ao rio. A relação entre a contaminação do rio e os fertilizantes ou outros produtos aplicados no solo às margens do rio é evidente.

Além disso, o pesquisador detectou altos níveis de potássio e fósforo, elementos comumente utilizados na agricultura, o que sugere a presença de alguma fonte que está liberando esses compostos na água do rio. Soares ressaltou a importância de evitar o consumo de peixes provenientes desse ambiente e também de evitar o banho no rio, até que a própria natureza realize a diluição e a remoção dessas substâncias. Estima-se que, em um período de duas ou três semanas, os compostos já tenham sido diluídos ou removidos.

O laudo, feito em três laboratórios diferentes, será enviado para o Ministério Público Federal e para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) assim que estiver finalizado. A preocupação com a contaminação do Rio Santo Antônio já chegou ao Instituto do Meio Ambiente (IMA), que também está produzindo seu próprio laudo baseado nas análises das coletas feitas ao longo da última semana.

A população local espera que as autoridades competentes tomem medidas urgentes para minimizar os impactos dessa contaminação e proteger a saúde das pessoas que vivem na região. A preservação dos recursos hídricos é fundamental para garantir a qualidade de vida da população e a manutenção da biodiversidade local.

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