A GLO decretada pelo governo se restringe a áreas de controle federal, englobando o aeroporto de Guarulhos e o porto de Santos em São Paulo, e o aeroporto do Galeão e os portos de Itaguaí e da cidade do Rio de Janeiro no estado fluminense. De acordo com o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, essa medida não se aplica a bairros, ruas e comunidades.
É importante ressaltar que as operações das Forças Armadas, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança não substituem as forças de segurança dos estados, de acordo com Dino. O objetivo dessas medidas é intensificar a fiscalização nas fronteiras dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, além do Lago de Itaipu.
Para essas áreas, não é necessário decretar a GLO para a atuação das Forças Armadas. Cerca de 3,7 mil homens do Exército, Marinha e Aeronáutica serão mobilizados para essas operações, de acordo com os respectivos comandos.
O governo avalia que é necessário fortalecer a vigilância e a inteligência nos aeroportos, portos e áreas de fronteira para combater a capacidade logística das facções criminosas, investigar a circulação de capital e a lavagem de dinheiro, além de recuperar ativos.
No dia 10 de novembro, o ministro Flávio Dino se reunirá com os governadores do Norte em Manaus para discutir ações de combate ao crime organizado na região. Essas medidas já estão em discussão há quatro meses.
Apesar dessas ações no âmbito da segurança pública, o governo nega a possibilidade de criar uma pasta exclusiva para esse fim. Segundo Rui Costa, essa proposta não está em pauta atualmente.