Durante a sessão, representantes de entidades ligadas à defesa dos direitos dos pacientes diabéticos, em sua maioria tratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), discutiram a importância da prevenção e do acesso ao tratamento para essa condição crônica.
Karla Melo, da Sociedade Brasileira de Diabetes, destacou que atualmente 20% da população brasileira é pré-diabética, o que reforça a necessidade de campanhas informativas para evitar que essas pessoas desenvolvam a doença, aumentando a carga sobre o sistema de saúde.
Além disso, Melo ressaltou a importância de melhorar o tratamento do diabetes, com a inclusão de novos medicamentos e o acesso garantido a todos os pacientes. Ela também fez um apelo para que haja uma gestão mais efetiva dos medicamentos e insumos para as pessoas com diabetes que dependem do SUS.
Jaqueline Correia, presidente do Instituto Diabetes Brasil, fez um alerta sobre a demora no diagnóstico e o controle inadequado da glicemia, que resultam em comorbidades em 90% dos pacientes diabéticos atendidos pelo SUS.
O deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO) enfatizou que a prevenção e a educação são fundamentais para conter a epidemia de diabetes no Brasil. Ele ressaltou a importância de adotar hábitos saudáveis para prevenir o desenvolvimento da doença, e, para aqueles que já são diabéticos, ter o conhecimento e o acesso necessários para um tratamento adequado.
Diante do cenário preocupante, com projeções de que o número de casos de diabetes possa dobrar até 2050, a representante da Federação Internacional de Diabetes, Hermelinda Pedrosa, destacou a necessidade de chamar a atenção para a gravidade da doença, especialmente durante o Novembro Diabetes Azul.
O evento contou com a participação de autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil, e reforçou a importância de ações coordenadas para enfrentar os desafios relacionados ao diabetes no Brasil e no mundo. O dia foi marcado por reflexão e debates sobre estratégias para garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes diabéticos.