Girão destacou que a questão 89 da prova é prejudicial ao agronegócio, utilizando termos depreciativos que depõem contra o setor, o qual ele aponta como “um dos pilares econômicos do Brasil”. O senador enfatizou que questões tendenciosas e ideológicas devem ser anuladas pelo MEC, e exigiu um pedido de desculpas pelo que ele considera um “erro intencional”.
Além disso, o parlamentar relatou que existem graves denúncias de vazamento das provas, o que já está sendo investigado pela Polícia Federal. Ele também ressaltou a necessidade de melhorar a qualidade da educação no Brasil, citando dados que mostram o “desempenho insatisfatório” dos alunos no país.
Girão mencionou dados alarmantes, como o fato de que segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, ainda existem 9,6 milhões de brasileiros completamente analfabetos no século XXI. Além disso, ele citou o relatório divulgado em 2018 pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), que apontou que 29% dos brasileiros com mais de 15 anos, apesar de terem escolaridade, são considerados analfabetos funcionais, ou seja, incapazes de interpretar um texto muito simples.
A polêmica em torno do Enem de 2023 promete gerar debates acalorados, principalmente devido às questões levantadas pelo senador Girão. O Ministério da Educação será pressionado a se posicionar sobre a solicitação de anulação das questões da prova, além de ter que lidar com as investigações de vazamento das provas feitas pela Polícia Federal. A qualidade da educação no Brasil, mais uma vez, torna-se o foco de discussões e questionamentos, enquanto milhões de estudantes aguardam as consequências desses episódios.