Esse desempenho positivo foi atribuído ao aumento da margem financeira bruta em 30,1%, impulsionado pelo bom desempenho da carteira de crédito e dos investimentos em títulos. Além disso, a diversificação das receitas, sobretudo aquelas oriundas de serviços, bem como o controle de gastos, foram mencionados como fatores que contribuíram para a melhoria dos resultados.
Apenas no terceiro trimestre, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 8,8 bilhões, um aumento de 4,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022 e de 12,8% em comparação com o trimestre anterior. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) atingiu a marca de 21,3%, um índice considerado semelhante ao dos bancos privados, segundo o BB.
O crescimento do crédito também foi destacado como parte do lucro melhorado, com a carteira de crédito ampliada encerrando setembro em R$ 1,07 trilhão, representando um aumento de 10% em relação a setembro de 2022 e de 2% em relação ao segundo trimestre.
Em relação aos segmentos de crédito, a carteira pessoa física ampliada cresceu 7,9% em relação a setembro do ano passado, com destaque para o crédito consignado. Já a carteira pessoa jurídica ampliada expandiu-se 4,7% em 12 meses, com bom desempenho registrado nas micro, pequenas e médias empresas.
No setor do agronegócio, o crédito também apresentou crescimento, com alta de 5,7% no trimestre e de 18,2% sobre setembro do ano passado. As operações de crédito sustentáveis, que respeitam parâmetros sociais e ambientais, atingiram R$ 338,8 bilhões no fim do terceiro trimestre, correspondendo a 32% da carteira de crédito ampliada do banco.
Em relação às receitas e despesas, as receitas de prestação de serviços cresceram 5% nos nove primeiros meses do ano, enquanto as despesas administrativas subiram 8%, devido a investimentos em tecnologia.
As projeções para o restante do ano indicam que o Banco do Brasil espera um lucro ajustado entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões para 2023, com previsão de crescimento do volume de crédito entre 9% e 13%, e um aumento de 4% a 8% nas receitas com serviços. As despesas administrativas devem crescer entre 7% a 11% neste ano.
Dessa forma, os resultados apresentados pelo Banco do Brasil demonstram um desempenho sólido e uma perspectiva positiva para o futuro, consolidando a posição da instituição no mercado financeiro.
