A espécie Peixe-leão, mais comum na espécie (Pterois volitans), é um animal perigoso não apenas para seu ecossistema, mas para turistas, pescadores e mergulhadores que atuam na área costeira e setores socioeconômicos. A espécie não possui predadores, portanto sua proliferação é rápida e difícil de ser controlada. Além disso, seus espinhos são venenosos e prejudiciais à saúde humana.
A reunião teve enfoque principalmente nas maneiras de divulgação dos perigos da espécie em Alagoas. Segundo Juliano Fritscher, consultor ambiental do IMA, o peixe-leão é predador de algumas espécies e já foi observado que o budião verde, uma espécie em extinção, é consumido por ele. O peixe-leão foi detectado pela primeira vez em São Miguel dos Milagres.
Cynira França, analista ambiental do Ibama, enfatizou que a educação ambiental tem grande potencial como meio de difusão no combate à espécie. E Cláudio Sampaio, pesquisador e professor de engenharia de pesca na Ufal – campus Penedo, compartilhou suas pesquisas relacionadas à espécie durante a reunião. Ele também sugeriu que a campanha seja articulada com a inserção de outra espécie invasora, o coral-sol, que também apresenta ameaça ao ambiente marinho.
Ambas as espécies são perigosas e não devem ser manuseadas sem o devido preparo. Em caso de ocorrência de alguma delas deve-se comunicar aos órgãos ambientais. O Projeto de Caracterização Regional da Bacia (PCR) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) lançaram um canal de informação sobre a bioinvasão que pode ser acionada pelo número (81) 99654-5863.
A reunião realizada pelo IMA-AL em parceria com o Ibama e a Ufal representa um passo importante no combate à proliferação do peixe-leão e na conscientização sobre o impacto negativo que essa e outras espécies invasoras podem ter no ecossistema marinho de Alagoas.