Dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito dos nove apresentaram alta, com destaque para os setores de transportes e alimentação e bebidas. As passagens aéreas foram as principais responsáveis por essa alta, com um aumento de 23,70%, após já terem subido 13,47% no mês anterior. O gerente da pesquisa, André Almeida, aponta que esse aumento pode estar relacionado ao aumento no preço do querosene de aviação e à proximidade das férias de fim de ano.
Já a gasolina, que possui grande peso na cesta de compra das famílias, teve queda de 1,53%, ajudando a segurar a inflação. Os preços do gás veicular e do etanol também apresentaram queda.
O grupo de alimentação e bebidas, que é o que mais impacta o orçamento familiar, registrou alta depois de quatro meses seguidos de deflação. Alimentos como batata-inglesa, cebola, frutas, arroz e carnes tiveram aumento de preços, influenciados pela menor oferta devido à entressafra e a fatores climáticos.
O resultado do IPCA acumulado nos últimos 12 meses ficou acima da meta de inflação determinada pelo Banco Central, que é de 3,25%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, teve uma variação mensal de 0,12% em outubro, acumulando 3,04% no ano e 4,14% nos últimos 12 meses.
Com esses números, a inflação continua sendo um tema de preocupação para o governo e para a população, uma vez que os preços seguem pressionando o orçamento familiar e a meta estipulada pelo Banco Central.