No encontro, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, destacou o projeto de lei sobre “combustíveis do futuro” (PL 4516/23) que o governo enviou ao Congresso em setembro. O projeto combina a trajetória bem-sucedida do RenovaBio com o Programa Rota 2030, onde o foco está na eficiência energética.
Além disso, Mendes ressaltou a importância de substituir veículos movidos a diesel por biometano, de reduzir a utilização de fertilizantes com emissões associadas e de melhorar a eficiência do processo, visando não apenas a melhoria da eficiência, mas também a redução de custos de produção e o aumento da disponibilidade do produto.
O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, apresentou as metodologias de Análise do Ciclo de Vida (ACV) dos biocombustíveis, destacando a importância da RenovaCalc, uma calculadora do impacto ambiental de cada rota de produção de biocombustíveis.
Outra pessoa que participou do debate foi o professor Gonçalo Pereira, do Instituto de Biologia da Unicamp, que defendeu avanços na produção de etanol a partir do sisal, cultivado no Semiárido nordestino, e apontou mitos em torno do carro elétrico.
Na discussão sobre um marco regulatório para a transição energética sustentável, o presidente da Consultoria Agrícola Datagro, Plínio Nastari, ressaltou a importância de oferecer clareza jurídica para direcionar investimentos em maior eficiência energética e menores emissões.
A audiência pública foi um pedido do presidente da Comissão Especial de Transição Energética, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
O debate foi abrangente e trouxe diferentes perspectivas sobre a transição energética e a descarbonização do setor de combustíveis, destacando a necessidade de políticas claras e eficazes para impulsionar a adoção de fontes de energia sustentáveis e mitigar os impactos das mudanças climáticas.
A discussão apontou para a importância da atuação conjunta do governo, setor produtivo e academia na busca por soluções inovadoras e eficientes diante dos desafios globais relacionados ao clima e à energia. A aprovação de um marco regulatório consistente e baseado em consenso foi apontada como fundamental para direcionar investimentos e promover a sustentabilidade do setor de combustíveis.
O papel do Brasil como líder na transição energética foi destacado durante a audiência, ressaltando o potencial do país em atrair investimentos e tecnologias inovadoras para impulsionar a sustentabilidade e a eficiência energética. A busca por soluções que aliem desenvolvimento econômico e preservação ambiental foi um ponto recorrente no encontro, reforçando a importância de políticas integradas e consistentes para lidar com os desafios atuais e futuros relacionados à energia e ao meio ambiente.