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Coordenadora do Crie alerta para atenção especial na vacinação de bebês prematuros

Bebês prematuros necessitam de atenção especial em relação à vacinação, alerta a coordenadora do Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais (Crie), de Vitória, e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Ana Paula Burian. Segundo ela, uma gestação é considerada normal entre 38 e 42 semanas, e isso significa que a criança que nasce com menos de 38 semanas é prematura. E abaixo de 28 semanas, ou com menos de 1 quilo ao nascer, é considerado um bebê prematuro extremo. Isso significa que esses bebês têm de cinco a dez vezes mais chances de adquirir uma infecção comparado a outros recém-nascidos.

Por conta disso, a vacinação é fundamental para os bebês prematuros, ou seja, aqueles nascidos antes de 38 semanas de gestação. Ana Paula Burian ressalta que tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto o setor privado têm vacinas específicas para esses bebês. Ela informou que as vacinas estão disponíveis nos centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), que oferecem imunização às pessoas que necessitam de alguma atenção especial, como é o caso dos bebês prematuros.

As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam que se protejam o máximo possível, com a menor reação possível. “Esse é o norte da orientação para qualquer criança e qualquer pessoa, na verdade, mas principalmente para os prematuros”, recomenda a SBP. Devido à imaturidade cardiológica, pulmonar e neurológica, os prematuros tendem a ter mais reação. E devido à imaturidade imunológica, eles tendem a responder menos.

No SUS, todas as crianças recebem a vacina pentavalente, que garante a proteção contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo B, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. Já no setor privado, tem a vacina pneumocócica 13 ou 15-valente, que tem mais sorotipos que a pneumo-10, e a vacina hexavalente acelular, que protege contra seis doenças com uma única furada e oferece menos reação vacinal. Além disso, tem a rotavírus que, em vez de ser monovalente, protege de cinco sorotipos do rotavírus.

A coordenadora do Crie de Vitória disse que a dor nos bebês prematuros causa consequências, como apneia, isto é, eles param de respirar, mesmo que por um curto período. Ana Paula orienta os pais a não adiarem a vacinação dos prematuros, explicando que eles devem tomar as vacinas na data cronológica em que nasceram, independente da idade gestacional e de estarem internados em UTI pública ou privada.

Ela esclarece que mesmo que o prematuro com menos de 33 semanas esteja em uma UTI privada, é importante que a instituição procure a Secretaria Municipal de Imunizações para se inteirar do calendário de imunização e providenciar a vacina para a criança internada. “Cada caso será avaliado para a vacina pertinente”, disse Ana Paula.

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