Nível do Rio Guaíba ultrapassa cota de inundação em Porto Alegre e prefeitura fecha comportas para proteção contra as cheias

O Rio Guaíba entrou em nível de alerta nesta segunda-feira, 20 de novembro, com a altura da água chegando a 3,04 metros, ultrapassando a cota de inundação crítica que é de 3 metros. A prefeitura de Porto Alegre foi forçada a iniciar o fechamento das comportas do sistema de proteção contra as cheias para minimizar os impactos das águas sobre a população e as áreas ribeirinhas.

De acordo com o Departamento Municipal de Águas e Esgotos (Dmae), o Rio Guaíba já está recebendo água de outros rios que também registraram volumes excessivos de chuvas nos últimos dias, aumentando a preocupação em relação à população ribeirinha. O rio tem sido afetado pela elevação do nível da água devido às fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a última quarta-feira, 15 de novembro.

Essas consequências das fortes chuvas na região já resultaram em quatro mortes. Segundo a Defesa Civil do estado, mais de 194 mil pessoas foram diretamente ou indiretamente afetadas pelas fortes chuvas, vendavais, enxurradas, inundações e soterramentos decorrentes dos recentes eventos climáticos. A Defesa Civil também reportou que 138 cidades apresentaram danos e ocorrências diversas.

Além das quatro mortes confirmadas, há ainda 63 pessoas feridas, 7.527 desalojadas e 2.653 desabrigadas. A gravidade dos danos é evidenciada pelo fato de 138 cidades terem reportado danos e ocorrências diversas devido às chuvas.

Porto Alegre registrou o terceiro inverno mais chuvoso desde 1961, com 31 dias de chuva que totalizaram 652,2 mm, muito acima da média sazonal que é de 435,5 mm. A prefeitura de Porto Alegre tem agido com urgência para lidar com a situação, e a prioridade é garantir a segurança da população, especialmente das áreas mais afetadas pelas chuvas.

A situação se torna ainda mais crítica devido às previsões meteorológicas que indicam mais chuvas no estado nos próximos dias. Até o momento, o governo estadual já repassou auxílio emergencial às cidades afetadas pela crise climática e continua monitorando a situação para identificar regiões mais vulneráveis e garantir o suporte necessário. A liberação de recursos e assistência humanitária continuará sendo prioridade para minimizar os impactos desse desastre natural.

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