Durante o pronunciamento, Paim ressaltou a importância de celebrar as origens e a história negra, destacando as contribuições fundamentais da população negra para a construção do país. O senador enfatizou que, apesar das adversidades enfrentadas ao longo da história, a população negra continua a resistir e a enfrentar desafios no dia a dia.
O parlamentar também mencionou um estudo da Rede de Observatórios que revelou que, em 2022, uma pessoa negra foi morta por policiais a cada quatro horas. Dos 3.171 casos analisados, 2.770 das vítimas eram negras, representando 87,35% do total. Paim classificou esses dados como alarmantes e ressaltou a inaceitabilidade desse cenário no Brasil.
Segundo o senador, o racismo é um problema estrutural enraizado em toda a sociedade brasileira, manifestando-se de diferentes maneiras no cotidiano, na forma de discriminação, violência policial, fome, miséria e pobreza. Paim enfatizou que o Brasil possui uma dívida histórica com a população negra, os quilombolas e os indígenas, e que é necessário enfrentar as humilhações e a falta de cidadania e igualdade de direitos que esses grupos ainda enfrentam.
Além disso, o senador destacou que o Senado aprovou o PL 5.231/2020, que visa a reeducação de agentes públicos e profissionais de segurança, combatendo abordagens motivadas por preconceito, discriminação e racismo. O texto aguarda votação na Câmara dos Deputados.
Paulo Paim concluiu seu discurso reforçando a importância de continuar lutando por políticas humanitárias que promovam a igualdade e o respeito à diversidade, e que é preciso avançar no combate ao racismo e na promoção da inclusão e da justiça social para todos os cidadãos brasileiros.