Comissão de Educação do Senado aprova projeto de Política Nacional de Indução à Docência na Educação Básica para atrair graduandos para as escolas públicas.

A Comissão de Educação do Senado aprovou nesta terça-feira (21) o Projeto de Lei (PL) 3.824/2023, que institui a Política Nacional de Indução à Docência na Educação Básica. O objetivo da proposta é atrair estudantes de graduação para atuarem como professores nas escolas públicas do ensino infantil, fundamental e médio.

O projeto, apresentado pelo senador Flávio Arns (PSB-PR), tem como finalidade combater a falta de profissionais na educação básica, que o parlamentar chamou de “apagão docente”. Segundo a relatora do projeto, senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), os problemas na formação, carreira e remuneração dos professores são as principais razões para essa escassez de profissionais.

Dorinha pontuou que a política proposta é orientada pelos princípios de valorização dos docentes e será implementada por União, estados, municípios e Distrito Federal. As medidas previstas incluem a instituição de campanhas públicas para atrair graduandos para a profissão docente, a criação de espaços de convivência de graduandos com docentes da educação básica, estabelecimento de mentorias com apoio de docentes experientes, entre outras ações.

O projeto também classifica as ações relacionadas à política como prioritárias ou complementares. Medidas prioritárias envolvem o aprimoramento de concursos de novos docentes, bolsas de estudos para estudantes que optarem por graduação de licenciatura ou no curso de pedagogia, cumprimento do piso salarial profissional nacional e a substituição progressiva de contratos temporários por efetivos, entre outras iniciativas. Já as medidas complementares incluem campanhas publicitárias e a ênfase na importância de atividades presenciais nos cursos de formação de professores.

Caso o projeto se torne lei, o Poder Executivo deverá elaborar um regulamento que permitirá o monitoramento da política com a participação de especialistas, fóruns de formação de professores, entidades da sociedade civil e outros atores sociais.

Além disso, a Comissão de Educação retirou de pauta a análise do PL 2.062/2022, que estabelece reserva de vagas para mulheres vítimas de violência doméstica em programas nacionais de aprendizagem do Sistema S e em cursos dos institutos federais. Apresentado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), o projeto recebeu um substitutivo da senadora Teresa Leitão (PT-PE), para prever que a reserva de vagas será regida por regulamento posterior feito pelo Executivo.

Essas são as últimas atualizações sobre as ações da Comissão de Educação do Senado, que visa promover e debater projetos de lei relacionados à melhoria na qualidade da educação básica e superior no país.

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