Durante seu depoimento, Marina Silva explicou que o Brasil evitou a emissão de 133 milhões de toneladas de CO², protegendo assim o interesse de diversos setores, como o agronegócio, e garantindo que o país seja uma potência no século 21. Ela ressaltou que o governo atual tem atuado para combater o desmatamento ilegal, promover o ordenamento territorial e fundiário, e fomentar o desenvolvimento sustentável.
Além disso, a ministra defendeu a posição contrária ao desmatamento e destacou a importância de garantir que os povos indígenas tenham o direito de manter seu modo de vida. No entanto, ela reconheceu que há divergências no modelo de desenvolvimento atual, mas enfatizou que é possível desenvolver o país com justiça social e preservação da Amazônia.
Marina foi questionada por senadores e senadoras sobre a atuação das ONGs na Amazônia, e ela discordou que os dirigentes dos órgãos ambientais sejam tutelados por essas organizações. A ministra reforçou que a lei e a Constituição são soberanas, e os dirigentes do Ibama seguem os princípios da legalidade, transparência e probidade.
O senador Jaques Wagner destacou que não vê dicotomia entre a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico, e ressaltou a importância de buscar soluções. Em relação às ONGs, Marina afirmou que não tem relacionamento com aquelas que não trabalham de forma séria.
Outros senadores, como Jaime Bagattoli e Zequinha Marinho, questionaram a ministra sobre licenciamento ambiental e políticas para os biomas ambientais. Marina ressaltou a importância de encontrar caminhos e novas alternativas para o Brasil, e defendeu parcerias entre governos estaduais e federal para potencializar a capacidade ambiental do país.
A deputada Silvia Waiãpi trouxe à tona a questão dos povos indígenas e criticou a política de integração que, segundo ela, favoreceu o desmatamento no passado. Marina respondeu que não concorda com essa visão preconceituosa e reforçou a importância de respeitar o modo de vida dos povos indígenas.
A participação da ministra na CPI das ONGs foi marcada por debates intensos sobre as políticas ambientais e a atuação das organizações não governamentais. Marina Silva reforçou a importância da preservação da Amazônia e a necessidade de encontrar um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental.