Governo do estado anuncia redução de imposto sobre comunicação e energia elétrica e aumento sobre alimentos ultraprocessados

Recentemente, o governador Paulo Dantas enviou à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) um projeto de lei que visa reduzir a cobrança do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) de 2% para 1% sobre serviços de comunicação e energia elétrica. De acordo com o governo, essa redução da alíquota irá beneficiar toda a população de Alagoas, resultando em um impacto financeiro de R$ 48 milhões por ano, equivalente a R$ 4 milhões por mês.

Além disso, o projeto de lei também propõe um aumento de 1% do Fecoep sobre refrigerantes e alimentos ultraprocessados, seguindo a recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014. Essa medida busca enfrentar o crescente consumo de alimentos ultraprocessados, que tem contribuído para o aumento de doenças crônicas na população.

A expectativa do executivo é que o projeto seja aprovado ainda este ano e entre em vigor a partir de 2024, sendo discutido por meio de consultas e audiências públicas com empresários locais, realizadas na Assembleia Legislativa. Segundo a secretária de Estado da Fazenda, Renata dos Santos, a redução da carga tributária manterá o estado competitivo, uma vez que Alagoas possui atualmente a oitava carga tributária mais baixa do Brasil, com 19%, enquanto 18 estados estão acima dos 19,5%.

Enquanto Alagoas busca reduzir impostos, outros estados têm adotado medidas opostas. De acordo com reportagem do Valor Econômico, vários estados, como Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Piauí, aumentaram suas alíquotas de ICMS para garantir uma base de cálculo mais robusta para o rateio do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que será unificado após a reforma tributária.

O Comitê Nacional dos Secretários da Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) identificou que alguns estados precisam ajustar suas alíquotas para alcançar a arrecadação pré-2022, como é o caso do Rio Grande do Norte, que necessitaria de um aumento para 22,3%. Já o Piauí, teria uma projeção de 24,1%.

Portanto, a redução proposta por Alagoas surge em meio a um contexto nacional de reformas tributárias e ajustes nas alíquotas, demonstrando uma abordagem diferenciada em relação a outros estados. A aprovação do projeto de lei representará uma mudança significativa na política tributária do estado, impactando diretamente a população e os setores envolvidos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo