Comissão de Direitos da Mulher aprova projeto que proíbe compra de arma por agressor de mulheres – relatora é a deputada Laura Carneiro

Na manhã de 01/12/2023, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3874/23, que proíbe a compra, posse e porte de armas de fogo e munições por pessoas com registro de agressão contra mulheres em inquérito e processo judicial. A relatora do projeto, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), destacou a importância da proposta e ressaltou a necessidade de prevenir situações em que agressores de mulheres possam adquirir armas de fogo durante o período de resposta a inquéritos e processos judiciais relacionados à violência doméstica e familiar.

Segundo as regras atuais, a aquisição de armas de fogo exige que o interessado tenha mais de 25 anos, comprove a necessidade da posse ou porte de arma de fogo e demonstre idoneidade, além de não possuir inquéritos policiais ou processos criminais registrados. O projeto aprovado determina que, caso o detentor de porte de arma seja alvo de ação penal ou inquérito policial por violência doméstica contra a mulher, a arma seja apreendida imediatamente.

A deputada Laura Carneiro afirmou que, embora a legislação vigente preveja a apreensão de armas em caso de resposta a processo ou inquérito por violência contra a mulher, é necessário considerar a possibilidade de aquisição de armas por parte de agressores em processo de investigação. A dimensão temporal e a abordagem preventiva constituem elementos fundamentais nesse contexto, exigindo um trabalho minucioso por parte das autoridades responsáveis pelas autorizações.

A proposta agora seguirá para análise das comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania em caráter conclusivo. A preocupação com a violência contra as mulheres tem sido uma pauta cada vez mais relevante no cenário político, e a aprovação deste projeto é um passo significativo no sentido de aumentar a proteção e segurança das vítimas.

A matéria contou com a reportagem de Emanuelle Brasil e a edição de Rodrigo Bittar. O projeto de lei aprovado visa atuar preventivamente contra a violência doméstica e familiar, restringindo o acesso a armas de fogo por parte de agressores de mulheres, e representa um avanço no combate a esse tipo de crime.

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