Defesa Civil de Maceió alerta para risco iminente de colapso em mina de exploração de sal-gema da Braskem

A Defesa Civil de Maceió (AL) permanece em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso em uma mina de exploração de sal-gema da Braskem na região do antigo campo do CSA, no Mutange. De acordo com a Defesa Civil, o deslocamento vertical acumulado da mina é de 1,42 metros e a velocidade vertical é de 2,6 centímetros por hora.

As autoridades recomendam que a população evite transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil. Medidas de controle e monitoramento estão sendo aplicadas para reduzir o perigo. A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que as informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.

A mina 18 é formada por cavernas abertas pela Braskem para extração de sal-gema, as quais estavam sendo fechadas desde que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade havia provocado o afundamento do solo na região. O sal-gema é uma matéria-prima utilizada na indústria para a obtenção de produtos como cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio.

Diante da iminência de colapso da mina, a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência por 180 dias. A área já está desocupada e a circulação de embarcações da população está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, na capital. Nove escolas foram estruturadas para receber até 5 mil pessoas vindas das regiões afetadas.

Os ministros do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e dos Transportes, Renan Filho, visitaram Maceió com uma equipe de técnicos para monitorar a situação. Renan Filho destacou a necessidade de responsabilizar a empresa Braskem pela situação, afirmando que a empresa deve ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental cometido em Maceió.

A Braskem, por sua vez, informou que está mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando todas as medidas cabíveis para minimizar o impacto de possíveis ocorrências. A área está isolada desde terça-feira (28) e a empresa ressalta que a região está desabitada desde 2020. A empresa destacou que o monitoramento, com equipamentos de última geração, foi implementado para garantir a detecção de qualquer movimentação no solo da região.

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