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Endividamento das Famílias Brasileiras Cai pelo Quinto Mês Consecutivo, mas Ainda Atinge 76,6%

Em um momento de recuperação econômica, índices recentes apontam para uma tendência de queda no endividamento das famílias brasileiras. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas atingiu 76,6% em novembro, representando uma redução de 0,5% em relação ao mês anterior.

Este é o quinto mês consecutivo de queda no endividamento, indicando uma possível melhora nas condições econômicas do país. O presidente da CNC, José Roberto Tadros, observa que o progresso do mercado de trabalho, juntamente com a maior contratação esperada neste período de fim de ano, pode estar favorecendo os orçamentos domésticos, o que leva a uma redução no número de pessoas recorrendo ao crédito.

O índice de famílias inadimplentes também apresentou queda em novembro, chegando a 29%, o menor patamar desde junho de 2022. Apesar de ainda estar acima do nível de novembro do ano passado, que foi de 10,9%, o número de pessoas que relataram falta de condições para pagar dívidas de meses anteriores caiu para 12,5%.

A faixa de renda média entre cinco e dez salários mínimos foi a única a apresentar um aumento no número de pessoas endividadas, voltando aos níveis observados em novembro de 2022. A pesquisa também revelou que o cartão de crédito é a modalidade mais utilizada pelos consumidores, atingindo 87,7% do total de devedores.

Além disso, a pesquisa destacou uma diminuição do endividamento entre as mulheres, com um recuo de 3,4 pontos percentuais, em comparação aos homens, que tiveram uma redução de 1,5 pontos percentuais.

Em relação às dívidas em atraso, o grupo de consumidores com até três salários mínimos apresenta o maior percentual, com 36,6% de dívidas em atraso. Conforme o economista responsável pela pesquisa, esse grupo tem uma alta probabilidade de não conseguir arcar com essas dívidas, comprometendo 31,9% de sua renda.

Em suma, os números apontam para uma possível recuperação econômica, com a queda do endividamento e da inadimplência entre as famílias brasileiras. No entanto, é importante estar atento aos diferentes segmentos da população e às modalidades de dívida mais utilizadas, a fim de estabelecer estratégias para garantir uma maior estabilidade financeira para todos os grupos de consumidores.

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