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Eventos climáticos extremos impactam a maioria da população brasileira, aponta pesquisa do Instituto Pólis

A maioria da população brasileira já foi impactada por eventos climáticos extremos, de acordo com um levantamento encomendado pelo Instituto Pólis. Segundo a pesquisa, sete em cada dez pessoas afirmam ter vivenciado situações como chuvas muito fortes, seca e escassez de água, alagamentos, inundações, enchentes, temperaturas extremas, apagões de energia, ciclones, tempestades de vento e queimadas e incêndios.

O estudo foi realizado de forma presencial em todas as regiões do país, durante o período de 22 a 26 de julho, com 2 mil entrevistados. Os resultados apontam que 98% deles expressam preocupação com a ocorrência de novos eventos climáticos extremos. A falta d’água ou a seca é o fator que mais gera receio na população, seguido por alagamentos, inundações, enchentes, queimadas, incêndios, chuvas muito fortes, temperaturas extremas, deslizamentos de terra, escassez de alimentos, fome, ciclones, tempestades de vento e novas pandemias sanitárias.

Um dado relevante da pesquisa é que a preocupação com eventos climáticos extremos varia de acordo com a região e a classe social. Por exemplo, proporcionalmente mais a população da Região Sul (29%) teme ciclones e tempestades de vento em comparação com a média nacional (13%). Já alagamentos, inundações e enchentes preocupam mais as classes D e E (25%) do que as classes A e B (19%).

Além disso, a pesquisa revelou que 84% dos entrevistados apoiam investimentos em fontes renováveis de energia. O petróleo é mencionado por 73% dos participantes como algo diretamente associado à piora da crise climática, enquanto o carvão mineral e o gás fóssil são lembrados por 72% e 67%, respectivamente.

O diretor executivo do Instituto Pólis, Henrique Frota, destacou que os números da pesquisa mostram que os brasileiros querem investimentos prioritários em fontes renováveis e entendem essa decisão como fundamental para o combate às mudanças climáticas. Ele ressaltou que o custo político sobe à medida que as autoridades governamentais insistem em apostar nas fontes não renováveis. Esses resultados demonstram a crescente preocupação da população brasileira com os impactos dos eventos climáticos extremos e a necessidade de políticas e investimentos focados em enfrentar essa realidade.

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