Ouvidoria da Polícia de SP abre procedimento para investigar conduta de policiais durante votação na Alesp.

Na última quarta-feira, durante a sessão que aprovou o projeto de lei que autoriza a venda do controle da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), policiais militares agiram de forma violenta no plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), lançando gás de pimenta nas galerias e agredindo manifestantes com cassetetes, chegando inclusive a deter alguns deles. A ação dos policiais, que segundo relatos não estavam utilizando as Câmeras Operacionais Portáteis (COPs), chamou a atenção e levou a Ouvidoria da Polícia do estado de São Paulo a abrir um procedimento para acompanhar a apuração do caso.

Em nota, a Ouvidoria informou que “estamos abrindo procedimento” e que vai sugerir à Corregedoria da Polícia Militar, responsável pela apuração, que busque as imagens do sistema de monitoramento interno da Alesp e as imagens geradas pela TV Alesp, “que podem apresentar elementos que nos elucidem se houve ou não excesso por parte das equipes da PM que atuaram na ocasião”. A preocupação com a preservação do ordenamento da assembleia, aliada à garantia da livre manifestação do pensamento, ideias e atividades, como previsto no Artigo 5º da Constituição Federal, foi destacada pela Ouvidoria.

A ação dos policiais na Alesp gerou críticas e demandou um posicionamento da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, que até o momento não se manifestou sobre o ocorrido. A gravidade das ações dos policiais durante a sessão levantou questionamentos sobre a conduta da Polícia Militar e a necessidade de responsabilização pelos excessos cometidos.

Diante do episódio, a Ouvidoria da Polícia do estado de São Paulo reforçou a importância da transparência e ampla apuração do caso, visando garantir que atos de violência não se repitam e que os direitos dos cidadãos sejam respeitados. Com a abertura do procedimento e as medidas sugeridas à Corregedoria da Polícia Militar, espera-se que a apuração seja conduzida de forma rigorosa e transparente, atendendo aos princípios democráticos e garantindo a responsabilização dos agentes envolvidos.

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