Os crimes de homicídio e latrocínios, avaliados pelo IECV Vida, também tiveram um aumento, passando de 3,82 em 2021 para 4,33 em 2022. Já o IECV Patrimônio, que avalia os roubos, passou de 5,42 para 5,76 no mesmo período.
O IECV, criado em 2018, é calculado a partir da média ponderada de três subíndices: crimes letais (homicídio e latrocínio), crimes contra a dignidade sexual (estupro) e crimes contra o patrimônio (roubo – outros, roubo de veículo e roubo de carga).
Quanto aos municípios, foi observado que a média das cidades analisadas no IECV aumentou de 7,57 em 2021 para 8,61 em 2022. As 10 cidades com os piores índices, como Peruíbe, Caraguatatuba, Mongaguá e Cruzeiro, tiveram um aumento médio para 15,4 em 2022.
O relatório também revelou dados específicos para o litoral paulista, mostrando um aumento nas taxas de estupro, o que pode ser relacionado aos ecos da pandemia de 2021. O pesquisador do Instituto Sou da Paz, Rafael Rocha, ressaltou a importância de os gestores municipais se apropriarem dessa discussão, pois a segurança pública não é uma questão exclusiva do Estado. Segundo ele, é fundamental que outras esferas, como Saúde e Educação, estejam envolvidas nesse debate, principalmente no caso dos estupros, que frequentemente têm como vítimas crianças e adolescentes.
Portanto, fica evidente a necessidade de ações coordenadas entre autoridades e demais órgãos responsáveis para combater o aumento dos crimes de natureza sexual e outros índices de violência em todo o estado de São Paulo. O engajamento de todos os setores é essencial para promover a segurança e proteção dos cidadãos.