Familiares de reféns do Hamas pedem condenação do grupo e combate ao antissemitismo em sessão do plenário do Senado.

Durante a sessão de debates no Plenário do Senado nesta segunda-feira (11), uma série de autoridades, lideranças judaicas e familiares de reféns que estão em poder do Hamas desde o ataque do dia 7 de outubro, se uniram para reforçar o pedido para que o Brasil condene o grupo palestino, os ataques cometidos contra o Estado de Israel e atue junto à comunidade internacional para a liberação dos reféns.

Um dos principais apontamentos durante a sessão foi a necessidade de combater o que foi descrito como uma “nova onda de antissemitismo” no mundo. Os participantes da sessão alertaram para a importância de combater o discurso de ódio e as notícias falsas contra o povo judeu. O senador Jorge Seif (PL-SC), que presidiu os trabalhos da mesa, afirmou que o 7 de outubro de 2023 entrou para o calendário judeu como o dia mais horrível, obscuro e inaceitável.

Para Seif, é essencial que a comunidade internacional atue com urgência para buscar uma solução pacífica e duradoura para o conflito, com o objetivo de resgatar os reféns e na condenação dos membros do grupo palestino responsável pelos ataques, o Hamas. O senador classificou o grupo Hamas como terrorista e lembrou que até o momento a ação gerou a morte de mais de 18 mil pessoas na região.

Além disso, mais de 200 pessoas estão mantidas como reféns pelo grupo Hamas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. O embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine, fez questão de ressaltar que a Carta do Hamas fala claramente que o maior objetivo do grupo é destruir o Estado de Israel e exterminar os israelenses.

A irmã do israelo-brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos, um dos sequestrados do dia 7 de outubro, expressou o sofrimento da família após o ataque. Ela pediu esforços das lideranças brasileiras para negociar a liberação dos sequestrados, enfatizando que a família está profundamente afetada pela situação.

Além disso, outros senadores presentes na sessão destacaram a importância de combater a onda de manifestações de antissemitismo e incentivar uma onda de solidariedade ao povo judeu. O líder do governo, também judeu, Jaques Wagner (PT-BA), solidarizou-se com os familiares dos sequestrados e enfatizou que a primeira preocupação do governo federal foi buscar trazer de volta para o Brasil, com segurança, aqueles que têm cidadania brasileira e queriam deixar a região de conflito.

No entanto, ele alertou que o Brasil não pode dirigir uma condenação generalizada ao povo palestino. A sessão contou com a presença de familiares de nove reféns, deputados e embaixadores de diversos países. A discussão foi marcada pela solicitação de ações concretas e urgentes para lidar com a situação e buscar a paz na região. Agência Senado

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