“Claro que preocupa”, respondeu a ministra ao ser questionada sobre o potencial impacto ambiental da exploração petrolífera na bacia amazônica. Segundo o Instituto Arayara, algumas das ofertas de blocos representam uma ameaça socioambiental, uma vez que se sobrepõem a unidades de conservação ou áreas de amortecimento destinadas a proteger essas mesmas unidades, não só na Amazônia, mas também em outras regiões. Além disso, há ao menos 23 terras indígenas nas áreas de influência de 15 dos blocos leiloados pela ANP.
Guajajara destacou que os povos indígenas continuarão resistindo e lutando para evitar a exploração dentro de seus territórios. Ela ressaltou que o leilão se deu no último dia da Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), evento no qual foi aprovada a inclusão, no documento final, da menção à importância do mundo alcançar a “neutralidade carbônica” até 2050, por meio de uma transição da era dos combustíveis fósseis, principais causadores das mudanças climáticas.
A ministra classificou como “lamentável” que muitos países necessitem de uma transição energética a longo prazo e enfatizou a necessidade de conscientização por parte da sociedade para ajudar a pressionar os governos a fazerem a transição necessária. Segundo ela, é urgente compreender a emergência que vivemos e sair do modelo energético baseado no uso de combustíveis fósseis.
Portanto, a ministra dos Povos Indígenas expressa sua preocupação com as implicações ambientais, sociais e culturais da exploração de petróleo e gás na Bacia do Amazonas, e ressalta a importância de uma transição energética para evitar danos irreversíveis ao planeta e à vida humana.
